Senador pediu para que seus apoiadores pressionem os deputados federais para que a PEC das Drogas avance na Câmara
O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal. Ele alegou que a medida só vai fortalecer o tráfico e pediu que o Congresso vote a PEC das Drogas, de autoria do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que visa criminalizar o porte de qualquer quantidade de drogas.
“Essa decisão do STF só vai fortalecer o tráfico”, afirmou o parlamentar. A Corte estabeleceu a quantidade de 40 gramas ou seis plantas fêmeas como parâmetro para diferenciar usuário de traficante. Apesar da medida, quem for flagrado com menos que o estabelecido, mas com itens que possam indicar venda, como balança, contatos de compradores, notas diversas, pode ser preso e indiciado. A decisão do STF irá durar até que o Legislativo federal determine novos padrões.
Em seguida, o parlamentar leu uma mensagem que havia recebido pelas redes sociais. A mensagem fazia um cálculo sobre a venda da maonha na quantidade estipulada pelo STF.
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“Esclarecendo! 40g é igual a 133 baseados. Se for 0,30g, daria um baseado. Um baseado é R$ 10. 133 baseados, R$ 1.330. Considerando que um aviãozinho venda isso por dia, ao final de 30 dias daria R$ 39.990. Se considerar que em uma cidade de 30 mil habitantes tenha 100 aviãozinhos o valor é de quase R$ 4 milhões”, afirmou o senador, alegando que este seria o valor que o tráfico lucraria.
Por fim, Cleitinho pediu para que seus eleitores e apoiadores pressionassem o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que a PEC das Drogas (PEC 45/2023) avance no Legislativo.
“Dentro do Senado a gente já aprovou uma PEC que criminaliza qualquer tipo de droga. (…) Que a gente possa votar, e mostrar para o STF que quem representa o povo, que quem tem que legislar, somos nós, parlamentares”, disse.
A matéria, que já foi aprovada em dois turnos no Senado e na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara, vai passar por uma comissão especial, que Lira já anunciou a formação, e deve ser votada em dois turnos na Casa. Caso haja alguma alteração no texto, deverá voltar para o Senado.