O Ministério das Relações Exteriores da Rússia expressou, neste domingo (22/6), sua desaprovação aos ataques realizados pelos Estados Unidos contra instalações nucleares no Irã, descrevendo a ação como uma “decisão imprudente” e uma clara violação do direito internacional.
No sábado (21/6), aviões americanos bombardearam três locais nucleares iranianos, intensificando um conflito que tem se agravado nos últimos dias.
A China também manifestou sua reprovação aos ataques dos EUA, afirmando que tais ações aumentaram as tensões no Oriente Médio.
Ataque dos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que forças americanas bombardearam três instalações nucleares iranianas no sábado (21/6). O ataque aconteceu em meio à escalada das hostilidades entre o Irã e Israel.
O conflito se intensificou desde a madrugada de 13 de junho, quando as Forças de Defesa de Israel atacaram o centro do programa nuclear do Irã e líderes militares na capital Teerã.
Em retaliação, o governo iraniano respondeu com ataques, aumentando significativamente o risco de uma guerra na região.
No sábado à noite, aeronaves americanas atingiram três instalações nucleares iranianas, incluindo o complexo subterrâneo de Fordow, que tem capacidade para operar cerca de 3 mil centrífugas para enriquecimento de urânio, conforme dados da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão da ONU responsável por assuntos nucleares.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou que “a decisão imprudente de atacar o território soberano de um Estado com mísseis e bombas, independentemente dos argumentos apresentados, fere gravemente o direito internacional, a Carta das Nações Unidas e as resoluções do Conselho de Segurança da ONU”.
A Rússia solicitou o fim imediato da agressão e pediu esforços maiores para que se alcance uma resolução política e diplomática do conflito.
Abbas Araghchi, ministro das Relações Exteriores do Irã, anunciou que viajará a Moscou para um encontro com o presidente Vladimir Putin na segunda-feira (23/6).
Nas redes sociais, o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que as ações dos EUA violam severamente os princípios da Carta da ONU e do direito internacional, agravando a crise no Oriente Médio.
A China apelou para que as partes envolvidas, especialmente Israel, busquem um cessar-fogo imediato, garantam a proteção da população civil e iniciem negociações diplomáticas.
O ministério chinês declarou ainda que está disposto a cooperar com a comunidade internacional para promover a justiça e a paz.
Resposta do Irã
Na manhã de domingo (22/6), mísseis iranianos foram lançados contra Israel, causando danos significativos às cidades de Tel Aviv e Haifa, respondendo a uma série de ataques aéreos realizados pelos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou que os EUA traíram a diplomacia e que o país responderá aos ataques americanos exercendo seu legítimo direito de autodefesa.