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terça-feira, 09/12/2025

Resíduos aumentam em 2024; melhoria na destinação

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Em Brasília

Em 2024, o Brasil produziu 81,6 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU), um aumento de 0,75% comparado ao ano anterior. Deste total, 76,4 milhões de toneladas (93,7%) foram recolhidas, e 41,4 milhões de toneladas (59,7%) tiveram destinação ambiental correta, sendo encaminhadas para aterros sanitários.

Isso equivale a uma média de 384 quilos por pessoa por ano, ou cerca de 1,241 quilos diários, conforme o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2025, divulgado pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema).

Ainda que 40,3% dos resíduos sejam descartados de forma inadequada, houve uma melhoria em relação ao ano anterior, quando 41,5% dos resíduos foram jogados em locais impróprios, como lixões ou enterrados no próprio terreno de origem.

“No ano em que o Brasil proibiu todas as formas de descarte irregular dos resíduos coletados nos municípios, ainda existem quase 3 mil lixões que causam riscos à saúde pública, mas que poderiam se transformar em oportunidades econômicas para o país”, ressalta o presidente da Abrema, Pedro Maranhão.

Reciclagem

Em 2024, 7,1 milhões de toneladas de resíduos secos foram destinados à reciclagem, representando 8,7% do total de RSU gerado. Deste volume, 2,5 milhões de toneladas vieram da coleta pública e 4,6 milhões foram recolhidos informalmente e levados diretamente para reciclagem.

Aproximadamente 52% deste material foi reaproveitado, enquanto o restante foi descartado como rejeito.

Geração de energia

O estudo incorporou pela primeira vez a análise da reutilização de resíduos orgânicos ou não recicláveis para geração de energia, considerando combustível derivado de resíduo (CDR), biogás, biometano e compostagem, conceito chamado de reciclagem bioenergética.

Antônio Januzzi, diretor técnico da Abrema, explica que a metodologia unificou o aproveitamento dos materiais orgânicos e os secos não recicláveis, valorizando esse tipo de reciclagem.

Os dados indicam que a reciclagem bioenergética alcança 11,7% dos resíduos, maior que os 8,7% da reciclagem mecânica dos secos, como papel, vidro, plástico e alumínio.

Logística reversa

Outra novidade do panorama 2024 é a análise da logística reversa no país, com 13 sistemas existentes para diferentes materiais, como agrotóxicos, baterias, eletrônicos, embalagens, óleos lubrificantes, lâmpadas, latas, medicamentos, pilhas e pneus.

Januzzi destaca os avanços na economia circular no Brasil, citando a publicação do Decreto 12.688/2025, conhecido como Decreto do Plástico, que amplia os materiais incluídos na economia cíclica de 13 para 14, impulsionando a gestão dos resíduos.

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