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domingo, 22/06/2025




Reino Unido apoia EUA e é contra programa nuclear do Irã na ONU

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A representante do Reino Unido no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), Barbara Woodward, destacou na reunião deste domingo (22/6) que a intervenção dos Estados Unidos contra o Irã visa reduzir a ameaça representada pelo programa nuclear daquele país do Oriente Médio para o mundo.

Apesar desse posicionamento, ela defendeu uma solução pacífica para o conflito e se posicionou firmemente contra o desenvolvimento do programa nuclear iraniano.

“O Irã jamais deve possuir armas nucleares, pois isso significaria uma séria ameaça à segurança global”, afirmou Woodward.

A representante do Reino Unido pediu que o Irã colabore nas negociações e enfatizou: “Este é o momento para a diminuição da tensão e para o diálogo diplomático. O caminho ideal é que o Irã escolha a via da diplomacia”.

No encontro, os delegados discutiram as ações do governo dos EUA, que realizou bombardeios em instalações nucleares iranianas. A maioria dos presentes demonstrou preocupação com a intensificação do conflito e seus possíveis impactos no cenário internacional.

Ataque dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que as forças americanas atacaram três locais relacionados ao programa nuclear iraniano no sábado (21/6). Esse ataque ocorreu em meio ao aumento das tensões regionais entre Irã e Israel.

O conflito entre os dois países escalou na madrugada de 13 de junho, quando as Forças de Defesa de Israel (FDI) realizaram ataques contra centros do programa nuclear iraniano e líderes militares na capital Teerã.

Em resposta, o governo iraniano realizou contra-ataques horas depois, elevando o risco de um conflito mais amplo na região.

Uma das instalações atingidas foi Fordow, uma estrutura subterrânea capaz de operar cerca de 3 mil centrífugas para o enriquecimento de urânio, conforme estimativas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), organização que monitora questões nucleares para a ONU.

Resposta do Irã

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, declarou neste domingo que os Estados Unidos romperam o diálogo diplomático e assegurou que o Irã responderá aos ataques americanos baseado no direito legítimo de autodefesa.

“A porta para a diplomacia precisa permanecer aberta, mas atualmente isso não está acontecendo. Nosso país foi atacado e agredido, e é necessário responder conforme nosso direito legítimo à autodefesa”, afirmou o chanceler.

As declarações foram dadas durante entrevista coletiva em Istambul, na Turquia. Ele ressaltou que, antes do ataque americano, Irã e Israel estavam envolvidos em negociações diplomáticas.

“Estávamos no meio de negociações com os Estados Unidos quando Israel destruiu essas expectativas. Recentemente, inclusive, estávamos em conversações com europeus, há apenas dois dias em Genebra, Suíça, quando os americanos decidiram interromper tudo abruptamente”, explicou o ministro.




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