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quinta-feira, 27/11/2025




Reabertura do autódromo: como o GDF liberou a recuperação de uma pista famosa do Brasil

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Em Brasília

O Autódromo Internacional de Brasília, inaugurado em 1974, foi por muito tempo um dos principais locais de esporte da capital. No entanto, passou anos sem melhorias importantes. A situação piorou em 2014, quando o autódromo foi fechado e começou a sofrer com desgaste, pista danificada e falta de manutenção. Por mais de uma década, o espaço ficou fechado, com o asfalto antigo e sem condições adequadas para receber corridas importantes modernas.

A reforma esperada parecia distante até 2021, quando deram início aos trabalhos para recuperar o local. Esse esforço resultou na reinauguração do autódromo com um evento da Stock Car em 30 de novembro.

O Governo do Distrito Federal (GDF) assumiu o desafio de restaurar o autódromo, conhecido por ter uma das maiores pistas do Brasil. Foram superados vários problemas burocráticos até que a obra fosse iniciada, dividida em três etapas. A primeira fase focou na recuperação da pista para que o local pudesse receber eventos maiores.

Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal, lembrou que a obra enfrentou dificuldades, incluindo problemas com o asfalto e atrasos no Tribunal de Contas do Distrito Federal. Ele agradeceu o apoio da imprensa e da população, destacando a importância de devolver o autódromo para a sociedade após quase 12 anos fechado.

Trabalho por etapas

As obras começaram em 2021 com intervenção asfáltica realizada pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), liderado pelo engenheiro Samuel Dias. Uma parte do asfalto original foi retirada para integrar o Museu Histórico da instituição.

Fauzi Nacfur Junior, presidente do DER, destacou que o departamento tem uma longa história na construção e manutenção da cidade e que construir um autódromo foi um projeto marcante. Explicou que o projeto considerou as maiores velocidades atuais dos veículos e alterou algumas curvas para aumentar a segurança dos pilotos, aprovado pela Confederação Brasileira de Automobilismo.

Em 2022, a gestão do autódromo foi transferida da Terracap para o Banco de Brasília (BRB), com uma concessão de 30 anos, marcando um avanço na reforma. As obras começaram em 2022 e foram retomadas em fevereiro de 2025, após liberação do Tribunal de Contas do Distrito Federal, que analisou e aprovou o projeto após mais de um ano de espera.

Um autódromo renovado

Com investimento de R$ 60 milhões, a primeira etapa teve como foco qualificar a pista para competições, especialmente o asfalto, que foi totalmente renovado utilizando a mesma técnica do Autódromo de Interlagos, em São Paulo. O novo pavimento tem 20 centímetros, proporcionando melhor aderência, evitando deformações e garantindo durabilidade estimada em 20 anos.

A pista manteve seu traçado original, elogiado e pioneiro, com modificações para ampliar sua capacidade. Agora são 5.384 metros que podem ser configurados em seis formatos diferentes, com 16 curvas, incluindo uma chicane antes da reta final e uma curva principal com inclinação de cinco graus.

A reforma também incluiu melhorias na terraplanagem, drenagem e paisagismo do complexo.

Fernando Distretti, superintendente do BRB Autódromo, destacou que o projeto foi complexo. Durante a avaliação, encontraram tubulações quebradas que precisaram ser refeitas, além de ajustes no nível da pista para eliminar solavancos.

A segunda etapa, prevista para 2026, entregará os boxes (40 no total), homologação do kartódromo para corridas e centro médico. A terceira fase prevê a implantação do Racing Center, com lojas, áreas de eventos e um Museu do Automobilismo.




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