Sentimento anti-vacina tem crescido e pesquisas mostram que parte da população dos EUA não irá tomar a dose assim que ela estiver disponível.
O presidente da farmacêutica americana Pfizer, Albert Bourla, afirmou, nesta terça-feira, 8, em entrevista ao programa NBC Today Show que quem não tomar a vacina contra a covid-19 vai contribuir para a disseminação da doença. “Se eles não se vacinarem vão afetar também a vida dos outros, porque se tornarão o elo fraco que vai permitir a este vírus se replicar”, disse.
O hesitação em tomar vacinas é um medo que tem rondado democracias, inclusive no Brasil e nos Estados Unidos. Na última semana, uma pesquisa apontou que 2 em cada 10 brasileiros resistem à ideia de vacinação. Nos EUA, uma pesquisa conduzida pelo portal USA Today e pelo instituto Suffolk apontou dois terços dos eleitores não devem tomar uma vacina assim que ela for disponibilizada.
Na última sexta-feira, 5, o jornal Wall Street Journal divulgou que as gigantes farmacêuticas planejam divulgar um documento conjunto, em que afirmam comprometimento com a segurança das amostras da vacina, mostrando ao público que os protocolos éticos e científicos estão sendo cumpridos no desenvolvimento da imunização.
Bourla disse, na última semana, em uma transmissão ao vivo que os resultados da última fase de testes da vacina da empresa devem sair já no começo de outubro. A vacina da Pfizer tem como base o RNA mensageiro, e tem como objetivo produzir as proteínas antivirais no corpo do indivíduo. Com a injeção, o conteúdo é capaz de informar as células do corpo humano sobre como produzir as proteínas capazes de lutar contra o coronavírus.
O mês de setembro deve ser decisivo para as vacinas contra a covid-19. O andamento das pesquisas está acelerado. Das mais de 100 vacinas em desenvolvimento, nove estão na fase 3 de testes, quando a vacina é estudada num ensaio com dezenas de milhares de pessoas no mundo. É a última etapa necessária para que uma vacina seja considerada segura para o uso na população.