Presidente russo Vladimir Putin disse nesta quarta-feira (16) que a Ucrânia nunca servirá de área intermediária para ameaçar a Rússia.
Garantiremos a segurança da Rússia e do nosso povo e nunca permitiremos que a Ucrânia sirva como uma área intermediária para ações agressivas contra o nosso país. [Em se tratando das] principais questões para a Rússia e para o nosso futuro sobre o status neutro da Ucrânia e sobre a desmilitarização e desnazificação dela, nós estávamos prontos e continuamos prontos para discutir [isso] durante as negociações”, acrescentou o líder russo.
A operação militar especial na Ucrânia está avançando em estrita conformidade com os planos anteriormente determinados, afirmou o líder russo durante uma reunião sobre medidas de apoio socioeconômico às regiões russas.
“Operação está progredindo com êxito. Em estrita conformidade com os planos anteriormente aprovados”, afirmou ele.
Moscou não tem quaisquer planos de ocupar o território da Ucrânia, sublinhou Putin.
“O aparecimento de tropas russas perto de Kiev e de outras cidades da Ucrânia não tem nada a ver com intenção de ocupar este país. Não temos este objetivo”, notou o presidente russo.
Em se tratando da decisão de iniciar uma operação especial na Ucrânia, Putin ressaltou que, na sua avaliação, as possibilidades de uma solução diplomática haviam sido esgotadas.
“Simplesmente não nos deixaram quaisquer opções de resolver pacificamente os problemas que têm surgido não por nossa culpa. A este respeito, fomos simplesmente forçados a lançar uma operação militar especial”, detalhou.
As autoridades de Kiev são indiferentes à população civil, comentou líder russo.
“Nos convencemos mais uma vez de que para o regime de Kiev, ao qual os seus donos ocidentais definiram a tarefa de criar [um país] agressivo anti-Rússia, o destino do próprio povo da Ucrânia não faz diferença. Que as pessoas estão morrendo, que centenas de milhares, milhões de pessoas são agora refugiadas, e que nas cidades que são tomadas pelos neonazistas e criminosos armados libertados da prisão, que está ocorrendo uma verdadeira catástrofe humanitária, tudo isso não faz diferença”, disse Putin em reunião.
De acordo com Putin, é óbvio para a Rússia que “os patronos ocidentais simplesmente encorajam as autoridades de Kiev para continuar o derramamento de sangue, fornecendo mais e mais armas, oferecendo informações de inteligência e outros tipos de assistência, incluindo o envio de conselheiros militares e mercenários”.
Putin está convencido de que, com o apoio de especialistas estrangeiros, na Ucrânia poderiam ser criadas armas nucleares, e a Rússia seria o alvo.
“Já em um futuro próximo e com a assistência técnica do exterior, o regime nazista em Kiev poderia conseguir armas de destruição em massa e, obviamente, o alvo dele seria a Rússia”, observou.
Em 24 de fevereiro, o presidente da Rússia anunciou o início de uma operação especial da Rússia na Ucrânia.
Entre os principais objetivos da operação estão a “desmilitarização e desnazificação da Ucrânia” para proteger a população da região de Donbass e para prevenir um ataque contra a Rússia a partir do território da Ucrânia em meio às ações agressivas da OTAN e avanço do bloco para o Leste Europeu.