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quarta-feira, 18/06/2025




Protesto em apoio a Cristina na Argentina

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Apoiadores da ex-presidente argentina Cristina Kirchner se reuniram em Buenos Aires para manifestar contra a decisão que declarou a líder condenada a seis anos de prisão domiciliar por envolvimento em corrupção.

Com o lema “Argentina com Cristina”, o protesto, organizado pelo peronismo — movimento político liderado por Kirchner — teve início na histórica Praça de Maio, em frente à sede do governo, às 14h (horário local).

A mobilização visava acompanhar Cristina e pedir sua libertação, conforme afirmou o senador Eduardo de Pedro em rede social. A manifestação contou com a participação de partidos políticos, grupos sociais e sindicatos, incluindo representantes de diversas partes do país.

A ex-presidente foi sentenciada por irregularidades na administração de contratos públicos na província de Santa Cruz, sentença esta confirmada recentemente pela Suprema Corte.

No dia da condenação, a justiça concedeu-lhe prisão domiciliar imediata e a isentou de comparecer pessoalmente à audiência, evitando a concentração de seus seguidores ao longo do trajeto de sua residência ao tribunal.

Apesar disso, o movimento contra a condenação — considerado pela oposição uma forma de perseguição política — manteve-se firme.

O líder da esquerda Juan Grabois, aliado de Kirchner, declarou que a demonstração de solidariedade e a defesa dos direitos humanos e sociais na Argentina não será interrompida por nenhuma razão.

A Central Geral dos Trabalhadores (CGT), principal sindicato do país, expressou seu repúdio à decisão jurídica que classificou como injusta e parcial, convocando a população para apoiar a presidente do Partido Justicialista.

Nos últimos dias, centenas de simpatizantes ficaram em vigília diante do prédio da ex-mandatária no bairro Constitución, enfrentando o frio e deixando mensagens de apoio nas paredes do edifício. O ambiente era de festa, com canções peronistas e alimentos típicos.

“Estar presente é fundamental porque as ações que tomarmos agora serão julgadas pela história”, afirmou à AFP Ana Negrete, professora e comunicadora, em frente à residência de Cristina Kirchner.

O ato aconteceu um dia após o presidente Javier Milei sancionar decreto que amplia a autoridade policial para prisões, buscas e monitoramento digital sem necessidade de mandado, medida criticada por grupos de direitos civis por reduzir liberdades democráticas.

O chefe de gabinete, Guillermo Francos, comentou que a reação inicial dos militantes peronistas pode mudar com o tempo e que será preciso aguardar para avaliar se as manifestações se tornarão frequentes.

A ratificação da condenação pela Suprema Corte ocorreu pouco depois de Kirchner anunciar sua intenção de concorrer a deputada pela província de Buenos Aires, o que lhe garantiria imunidade parlamentar por quatro anos caso fosse eleita.

A ex-presidente criticou o judiciário, acusando seus membros de servirem aos interesses econômicos e de agirem com parcialidade.




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