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quarta-feira, 25/06/2025




Professores aceitam proposta do GDF e encerram greve

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Em uma votação apertada e tensa, os professores das escolas públicas do Distrito Federal decidiram finalizar a greve da categoria após 23 dias de paralisação. Os educadores aceitaram a proposta apresentada pelo governo local durante uma assembleia-geral realizada no estacionamento entre o Eixo Cultural Ibero-Americano (antiga Funarte) e a Torre de TV, na manhã desta quarta-feira (25/6).

O Governo do Distrito Federal (GDF) comprometeu-se a nomear pelo menos 3 mil aprovados em concursos da Secretaria de Educação (SEEDF) até dezembro deste ano. Atualmente, conforme informado pela categoria, a rede pública conta com 15 mil educadores temporários e 9.420 efetivos.

Além disso, o Executivo local assumiu o compromisso de dobrar os valores das gratificações por titulação de pós-graduação e garantiu que não haveria corte de ponto dos grevistas, diferentemente do que havia sido anunciado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). Os novos percentuais previstos são 10% para especialização, 20% para mestrado e 30% para doutorado, com efeitos na tabela salarial a partir de janeiro de 2026.

Ibaneis Rocha comentou a decisão, afirmando: “[Esse] foi um processo de muita negociação que iniciei. Ficamos satisfeitos com a compreensão dos professores para retomarmos a prestação de serviços que a sociedade espera de todos nós”.

A greve começou em 2 de junho, com o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) defendendo um reajuste salarial de 19,8%, reestruturação da carreira, nomeação de aprovados em concurso e correção das informações enviadas ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sobre professores temporários.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) autorizou o corte de ponto dos servidores e aplicou multa diária de R$ 300 mil ao Sinpro-DF por cada dia de greve. Em 23 de junho, após pedido do deputado distrital Chico Vigilante (PT), o GDF apresentou uma proposta para encerrar o movimento.

Propostas do GDF aceitas pelos professores:

  • Envio à Câmara Legislativa (CLDF) de projeto de lei para progressão horizontal dos servidores e adoção de percentuais em dobro, a partir de janeiro de 2026, para os professores com titulação;
  • Nomeação de ao menos 3 mil aprovados até dezembro de 2024;
  • Prorrogação do concurso vigente até 27 de julho;
  • Abertura de novo concurso público para o magistério, com edital previsto para o primeiro semestre de 2026;
  • Pagamento integral dos dias descontados pela greve em folha suplementar;
  • Recomposição do calendário escolar com reposição das aulas ainda no primeiro semestre e recesso na primeira semana de agosto;
  • Manutenção de mesa permanente de negociação para reestruturação da carreira;
  • Atestado de acompanhamento para professores temporários.

Inicialmente, o governador Ibaneis classificou a greve como “política”, mas após articulação com o TJDFT, o GDF apresentou uma proposta que foi inicialmente rejeitada pela categoria. Após negociação, uma nova proposta foi aceita.

O GDF também destacou que concedeu um amplo reajuste para diversas categorias, incluindo os professores. Esta recomposição, prometida pelo ex-governador Agnelo Queiroz (PT), estava pendente há anos.

A Secretaria de Economia do Distrito Federal informou que a terceira parcela do reajuste linear dos servidores do GDF, de 6%, será paga na folha de julho, beneficiando cerca de 220 mil servidores ativos e inativos.




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