Os professores das escolas públicas do Distrito Federal terminaram a greve na quinta-feira (25), após 22 dias de paralisação. Os educadores concordaram com uma nova proposta do Governo do Distrito Federal (GDF).
Conforme a proposta, até dezembro de 2025, o GDF irá nomear pelo menos 3 mil aprovados nos concursos da Secretaria de Educação (SEEDF). Atualmente, conforme a categoria, a rede pública possui 15 mil educadores temporários e 9.420 efetivos.
Além disso, os valores das gratificações por pós-graduação serão dobrados, e não serão descontados os pontos dos dias de greve. Os novos percentuais – 10% para especialização, 20% para mestrado e 30% para doutorado – terão efeito na tabela salarial a partir de janeiro de 2026.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) autorizou o desconto nos salários dos servidores que participaram da greve e determinou a multa diária de R$ 300 mil ao Sinpro-DF por cada dia de paralisação. Na segunda-feira (23/6), o Governo do Distrito Federal apresentou uma proposta para o fim da greve, após pedido do deputado distrital Chico Vigilante (PT).
Detalhes da proposta do GDF
O Governo do Distrito Federal ofereceu encaminhar à Câmara Legislativa um projeto de lei para implementar progressão horizontal para os servidores, além de dobrar, a partir de janeiro de 2026, os percentuais para professores com pós-graduação: 10% para especialização, 20% para mestrado e 30% para doutorado.
A proposta inclui a nomeação de pelo menos 3 mil aprovados até o final deste ano, a prorrogação da validade do concurso com vencimento em 27 de julho, e o lançamento de novo concurso para o magistério com edital previsto para o primeiro semestre de 2026.
Também prevê o pagamento completo dos dias descontados pela greve em folha suplementar, a reposição das aulas ainda no primeiro semestre e o recesso na primeira semana de agosto, manutenção de uma mesa permanente de negociação para melhoria da carreira, e concessão de atestado de acompanhamento para professores temporários.