O primeiro-ministro do Iêmen Khaled Baha apresentou nesta quinta-feira (22) uma carta em que oferece sua renúncia ao governo e diz que não quer ser arrastado para um “labirinto político construtivo que não se baseia em lei e ordem”, segundo o texto que divulgou em sua página no Facebook.
A carta de renúncia, direcionada ao presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi, foi divulgada em menos de 24 horas depois de que Hadi assinalou que aceitaria demandas de milicianos xiitas Houthi por maior participação na reforma constitucional e política.
Logo após a renúncia do premiê fontes governamentais disseram que o presidente Hadi também teria renunciado, o que foi desmentido por membros do Parlamento em transmissão pela TV Al-Arabiya, segundo a Reuters.
Segundo o acordo, os milicianos deixariam o palácio presidencial e deveriam liberar o chefe de gabinete de Hadi, sequestrado no sábado. Em troca, o projeto de Constituição, ao qual se opõem, poderia sofrer emendas.
A renúncia do premiê acontece após dias de muita violência no país. No começo da semana os milicianos invadiram o palácio presidencial na capital Sanaa e atacaram a casa de Hadi.
Mesmo após o acordo com o presidente, a milícia dos xiitas não se retirou das ruas da capital.
Fonte: G1