O primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan, declarou nesta quarta-feira (25) que as forças de segurança frustraram uma alegada tentativa de golpe de Estado, envolvendo um arcebispo da oposição.
O clérigo da importante Igreja Apostólica Armênia, Bagrat Galstanian, foi líder no ano passado de um movimento de protesto que acusava o chefe do governo armênio de ceder territórios ao Azerbaijão após o conflito de 2023, acusações negadas por seus assessores.
Pashinyan afirmou via Telegram que as forças de segurança neutralizaram um plano maligno feito por um ‘clero oligárquico e criminoso’ que pretendia desestabilizar a República da Armênia e assumir o controle do país.
De acordo com o Comitê de Investigação, Galstanian teria adquirido os recursos necessários para executar atos terroristas e tomar o poder. Buscas estão em andamento nas residências do arcebispo e cerca de 30 associados.
O deputado Garnik Danielian, aliado do arcebispo, rejeitou as acusações e afirmou que as medidas refletem características de ‘um regime ditatorial’.
Armênia e Azerbaijão, duas ex-repúblicas soviéticas no Cáucaso, têm enfrentado conflitos ao longo dos anos pelo controle de Karabakh, uma região do Azerbaijão com maioria armênia.
O Azerbaijão assumiu o controle completo da região em setembro de 2023 após uma ofensiva rápida contra os separatistas armênios de Karabakh.
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