“Hoje [29], se alguém na Polônia ou na Europa pudesse produzir munições de grande calibre – 155 ou 122 milímetros – essas munições seriam vendidas totalmente. E esses volumes [que podem ser vendidos] são muito maiores do que as capacidades de produção da Alemanha, França, Polônia, Itália, Países Baixos e muitos outros países da União Europeia”, disse o primeiro-ministro polonês.
Ao mesmo tempo, ele não faz segredo do fato de que a Polônia pretende aumentar drasticamente a produção de munições a fim de abastecê-las à Ucrânia.
“Hoje os ucranianos disparam vários milhares de projéteis de artilharia por dia. Portanto, estamos falando da necessidade de aumentar drasticamente a capacidade de produção de munições”, disse Morawiecki.
Os líderes da União Europeia (UE), na cúpula em Bruxelas de quinta-feira (23), apoiaram um plano para acelerar as entregas de munições para a Ucrânia, para aquisições conjuntas e o aumento da produção militar.
Anteriormente, os ministros das Relações Exteriores e da Defesa da UE concordaram, a nível político, com um plano para entregar um milhão de munições à Ucrânia nos próximos 12 meses.
Por sua vez, a Rússia já remeteu uma nota aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas à Ucrânia.
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia será um alvo legítimo para a Rússia.
Por sua vez, o porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, notou que a entrega massiva de armas à Ucrânia não contribui para o sucesso de futuras negociações russo-ucranianas e terá, pelo contrário, um efeito negativo.