Um policial militar do Distrito Federal foi denunciado por agredir, ameaçar e seguir a ex-companheira após o término do relacionamento. Conforme relato da vítima, uma mulher de 27 anos, o segundo sargento teria empregado uma viatura da corporação para circulações frequentes e intimidadoras perto do local de trabalho dela, em Planaltina.
A jovem relatou que sofria frequentemente empurrões, socos e tentativas de enforcamento pelo ex-companheiro. Em um episódio ocorrido em setembro de 2024, ela se feriu com fragmentos de vidro ao tentar se proteger. Em abril deste ano, ao tentar finalizar definitivamente o relacionamento, foi puxada pelos braços e forçada a sair de casa.
Mesmo depois da separação, o comportamento agressivo do policial persistiu. Segundo a mulher, ele passava pela loja onde ela trabalha dirigindo uma viatura da Polícia Militar, circulando pelo local pelo menos três vezes ao dia em baixa velocidade e com os vidros abaixados, mantendo contato visual direto, o que gerava temor e constrangimento na vítima.
O policial ameaçava que ela iria “pagar” e “arrepender-se” por ter feito a denúncia, caso prejudicasse sua carreira na corporação. A vítima também teria sido coagida a aceitar um acordo de separação com condições desfavoráveis sob ameaça de represálias profissionais.
De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, o policial foi afastado das atividades operacionais, teve o porte de arma suspenso e está sob investigação conduzida pela Corregedoria da instituição para apurar os fatos.
Um boletim de ocorrência foi registrado na 31ª Delegacia de Polícia de Planaltina, onde o caso é investigado como violência doméstica e familiar contra a mulher, conforme a Lei Maria da Penha, com processo sob sigilo judicial.