O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teve um crescimento modesto de 0,1% entre julho e setembro, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 4 de dezembro. Esse ritmo indica uma desaceleração em comparação aos três meses anteriores, quando a economia cresceu 0,4%.
O PIB representa o valor total dos bens e serviços produzidos no país em um determinado período. O levantamento trimestral do IBGE mostra que uma alta no indicador significa ritmo de crescimento econômico, enquanto uma queda aponta para redução da atividade econômica nacional.
Observando os setores econômicos, a agropecuária e a indústria registraram aumento de 0,4% e 0,8%, respectivamente. O setor de serviços, que tem maior peso na economia brasileira, manteve-se praticamente estável, com crescimento de apenas 0,1%.
Em termos de valores correntes, o PIB alcançou R$ 3,2 trilhões no terceiro trimestre. Deste total, a agropecuária respondeu por R$ 176,2 bilhões; a indústria, R$ 682,2 bilhões; e os serviços, R$ 1,9 trilhão.
Ao comparar o terceiro trimestre de 2025 com o mesmo período de 2024, o PIB cresceu 1,8%, puxado principalmente pelo setor agropecuário, que cresceu 10,1%. Destacam-se as maiores produções das safras de milho (23,5%), laranja (13,5%) e algodão (10,6%), enquanto a produção de cana-de-açúcar caiu 1%.
Apesar do crescimento mais tímido, o setor de serviços teve bom desempenho na área de transporte, armazenagem e correios, com aumento de 2,7%.
Claudia Dionísio, analista das Contas Trimestrais do IBGE, explica que "as atividades ligadas à agropecuária e à mineração, menos afetadas pela política monetária restritiva, foram as que mais apresentaram crescimento, tanto na comparação anual quanto no acumulado do ano".

