Operação cumpriu 24 mandados de busca e apreensão e segue em busca de um oitavo criminoso
A Polícia Federal cumpriu nesta quinta-feira mais sete mandados de prisão temporária e 24 mandados de busca em apreensão na investigação do assalto às agências bancárias do Banco do Brasil e da Caixa ocorrido em agosto passado em Araçatuba (SP). Um dos mandados de prisão segue em aberto e a operação prossegue para localizar um oitavo envolvido no crime. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de São Paulo (6 mandados), Campinas (1), Águas de Santa Bárbara (1), Mairiporã (3), Osasco (3), Guarulhos (5), Cotia (2), Itapecerica da Serra (1) e Itapevi (2).
Passados 45 dias do crime, a Polícia Federal prendeu até agora 15 envolvidos e cumpriu 51 mandados de busca e apreensão na tentativa de identificar todos os integrantes da quadrilha. As investigações continuam.
A ação desta quinta-feira, autorizada pela Polícia Federal, envolveu mais de 100 policiais federais e teve apoio da Polícia Militar de São Paulo e do Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar (Baep) de Campinas.
Segundo a polícia, cerca de 20 criminosos participaram do assalto, que deixou três mortos e cinco feridos. Entre os mortos está o empresário Renato Bortolucci, de 38 anos, que morreu enquanto filmava a ação de bandidos, e o personal trainer dele, Márcio Victor Possa da Silva, de 34 anos. O terceiro morto seria um criminoso e não foi identificado. O empresário chegou a compartilhar um áudio com amigos: “Nossa, fui atingido, mano. Nossa senhora, meu Deus! Ai”
Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas na cidade, que tem cerca de 200 mil habitantes e fica a 521 quilômetros da capital paulista. Um dos feridos foi Clayton Soares Teixeira, de 26 anos, que teve seus dois pés e parte dos dedos da mão esquerda amputados. Morador do local, ele foi atingido após se aproximar de um dos explosivos deixados por criminosos. Os bandidos usaram dinamite e espalharam pelo menos 20 bombas pela cidade. Durante mais de duas horas, os criminosos fizeram moradores de reféns, amarrados em veículos e usados como escudo.