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sexta-feira, 27/06/2025




Peritos descartam frio extremo como causa da morte de Juliana Marins

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Em Brasília

O Hospital Geral Regional de Bali Mandara (RSUD) informou na sexta-feira (27/6) que a autópsia realizada no corpo de Juliana Marins, brasileira encontrada morta após uma queda durante uma trilha em um vulcão na Indonésia, não apontou hipotermia como causa do falecimento.

Segundo o perito forense Ida Bagus Alit, foram identificadas fraturas em vários ossos, especialmente no tórax, costas, coluna e coxas.

A análise indicou que a morte ocorreu devido a um trauma contundente que afetou os órgãos internos, acompanhado de hemorragia intensa.

Detalhes da ocorrência

Juliana Marins, de 26 anos, escorregou em uma vala enquanto fazia a trilha no vulcão Rinjani, em Lombok. Ela estava em um mochilão pela Ásia e participava da excursão com outros turistas, que contrataram uma empresa local para o passeio.

Após a queda, ela permaneceu a cerca de 300 metros do grupo. Informações iniciais indicavam que teria sido socorrida, mas a família desmentiu e confirmou que ela aguardava resgate por quatro dias.

A família comunicou pelas redes sociais que o resgate foi suspenso na segunda-feira (23/6) devido às condições climáticas e que Juliana foi encontrada sem vida na terça-feira (24/6).

Investigações médicas

O médico responsável estimou que a brasileira faleceu aproximadamente 20 minutos após os ferimentos, embora não tenha sido possível determinar a hora exata do óbito. Não foram detectados sinais de hipotermia, pois não havia lesões típicas, como ferimentos nas extremidades dos dedos.

Os ossos quebrados causaram danos internos e sangramento, mais intenso no tórax e abdômen, conforme o jornal indonésio Kompas.

Juliana Marins teve seu corpo levado ao Hospital Bali Mandara em 26/6, onde ocorreu a autópsia. Até o momento, não há indícios de que a morte tenha acontecido muito tempo depois da queda.

Translado do corpo

Esta semana, o Itamaraty informou que não arcaria com o custo do traslado do corpo de Juliana Marins, conforme prevê a legislação brasileira que não cobre a repatriação de corpos de brasileiros mortos no exterior.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva alterou o decreto anterior, permitindo que o governo federal cubra despesas em casos de dificuldade financeira e mortes com grande comoção, podendo o Ministério das Relações Exteriores assumir os custos caso haja recursos disponíveis.

Além disso, o prefeito de Niterói, no Rio de Janeiro, Rodrigo Neves, também se comprometeu a custear o traslado do corpo de Juliana Marins.




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