Anderson Silva, pastor e líder da Machonaria Confraria Nacional de Homens, esteve envolvido em uma série de controvérsias recentes. Ele foi acusado por antigos membros do grupo de desviar recursos financeiros do instituto, sendo apontado por práticas como má gestão, mistura de dinheiro pessoal com o da instituição e uso indevido de dados para contratos.
A Machonaria, fundada em 2018, tem como objetivo promover a recuperação da masculinidade conforme princípios bíblicos, liderança no ambiente familiar, generosidade, combate à pornografia e participação em projetos sociais.
Este não é o primeiro episódio polêmico envolvendo Anderson Silva. Em 2023, ganhou repercussão um vídeo em que ele pedia orações para que “Deus quebrasse a mandíbula do presidente Lula”. Essa fala aconteceu em um programa com a participação do deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG).
Na gravação, o pastor afirmou que deveriam ser feitas orações que pedissem punição para os inimigos, como a seguinte frase: “Senhor, quebre os dentes dos meus inimigos. Senhor, arrebente a mandíbula do Lula. Senhor, provoque enfermidade nos ministros do STF para que reconheçam a tua existência”.
Após muita repercussão, o então ministro da Justiça, Flávio Dino (atualmente ministro do STF), informou que solicitou à Polícia Federal que investigasse o líder religioso. Um mês depois, Anderson Silva anunciou sua saída da liderança da Igreja Vivo por Ti, que dirigia há 16 anos, alegando diagnóstico de TDAH e autismo, e que sua permanência poderia prejudicar a instituição.
Anderson Silva também manteve alinhamento político com o ex-presidente Jair Bolsonaro desde 2018, mas em 2024 declarou arrependimento por ter apoiado o político e por ter politizado a religião. Destacou que a religião não deveria ser de direita ou esquerda e chamou seu ataque a Lula de desnecessário.
Em 2021, o pastor provocou controvérsia ao publicar um texto afirmando que as mulheres possuem um “potencial demoníaco” maior que o dos homens, descrevendo-as como orgulhosas, vingativas e manipuladoras. Essa opinião gerou críticas por ser considerado machista.
Recentemente, Anderson Silva afirmou que homens viciados em pornografia acabam consumindo vídeos relacionados ao universo trans, mencionando dados que indicam que 65% dos vídeos assistidos por homens brasileiros envolvem temas trans. Ele brincou dizendo que quem consome esse conteúdo pode não perceber sua própria orientação.
Essas declarações vieram a público logo após o lançamento do projeto Escola Uma Só Carne, cujo objetivo é ensinar casais cristãos a terem uma vida sexual alinhada aos ensinamentos bíblicos, incluindo o uso de acessórios sexuais durante as palestras, causando debates entre fiéis.