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domingo, 24/11/2024
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Para a Microsoft, 2021 será o ano do Teams

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De acordo com Satya Nadella, CEO da empresa, é hora de consolidar plataforma como software definitivo

Teams: empresa planeja tornar plataforma tão importante quanto um navegador (Jakub Porzycki/NurPhoto/Getty Images)
O software de reuniões e organização empresarial Teams foi um dos sucessos de 2020 na Microsoft. Entre julho de 2019 e final de setembro de 2020 o número de usuários diários saiu de 13 milhões para 115 milhões. A pandemia, o trabalho de casa e o distanciamento colaboraram, claro, com empresas precisando adotar recursos para integrar equipes e melhorar rotinas de trabalho.

O Teams não figurou sozinho nessa ascensão, concorrentes como Zoom e até o Slack, que foi adquirido no final do ano pela Salesforce por 27 bilhões de dólares, ganharam escopo e usuários durante 2020.

Para Satya Nadella, o presidente que comanda o gigante Microsoft, 2021 será o ano de consolidar o Teams como um software definitivo, tão importante quanto um sistema operacional ou o navegador web.

Em entrevista para o jornal britânico Financial Times, o CEO afirma que o software é uma nova camada de organização, capaz de unir as principais ferramentas que trabalhadores precisam com funções de colaboração, reuniões em vídeo, chat e outras aplicações de negócios.

Na China, o WeChat é a internet, e esse é um grande exemplo”, disse Nadella ao periódico. “Não há um equivalente Ociental. Teams é provavelmente o mais próximo quando se trata da área de trabalho”.

Antes da pandemia, o software dificilmente poderia ser colocado como um sucesso: feito para competir com o Slack, então uma startup de comunicação que ganhava no mercado. A necessidade de reuniões em vídeo garantiu bastante do fôlego que culminou no crescimento do Teams durante a pandemia.

Agora, o plano é permitir que as ferramentas tradicionais do pacote Office — como Word, PowerPoint e Excel — possam ser acessadas pelo Teams.

A ideia é também abrir a plataforma para desenvolvedores externos, permitindo uma nova geração de aplicativos que possam ser integrados à plataforma, dando maior liberdade para que empresas possam repensar processos e trabalho em torno da plataforma. No ano passado, uma parceria com o aplicativo de bem-estar e meditação Headspace já havia sido anunciada nesse sentido.

De acordo com especialistas ouvidos pelo Financial Times, a Microsoft ganhou da concorrência, ofertando o Teams gratuitamente junto de seu pacote de serviços empresariais. A aquisição do Slack foi um sinal de que a plataforma ficou sem saída.

Para Nadella, os planos para 2021 envolvem agora preparar o Teams para que possa ser usado em um modelo híbrido, adaptado para o fim da pandemia de covid-19. A crença de Nadella e do time da Microsoft é que o trabalho não será o mesmo após este evento, e o mundo irá requerer um misto de softwares adaptados para trabalhar em tempo real, mas também em horários próprios, garantindo maior flexibilidade.

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