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quinta-feira, 21/11/2024
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Papa Francisco sobre a Ucrânia: lado perdedor deve levantar a bandeira branca

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© Filippo Monteforte

O pontífice da Igreja Católica defendeu a negociação pela paz em uma entrevista por vídeo à emissora de televisão e rádio suíça RSI, que ainda será transmitida em 20 de março.
“É uma interpretação. Mas eu acredito que é mais forte aquele que vê a situação, aquele que pensa nas pessoas, aquele que tem coragem de levantar a bandeira branca e negociar”, disse o Papa Francisco ao responder um questionamento sobre uma possível rendição que, segundo o jornalista, “é discutida na Ucrânia”.
“Hoje é possível negociar com a ajuda de Estados internacionais. A palavra negociação é corajosa. Quando você percebe que está sofrendo uma derrota, que as coisas não estão indo bem, é necessário ter coragem de negociar. Você pode sentir vergonha, mas quantas mortes isso vai causar? Negociar a tempo, buscar um país que atue como mediador”, disse o pontífice.

Segundo o pontífice, há muitos agentes internacionais interessados em atuar como mediadores no conflito na Ucrânia, incluindo a Turquia. “Não tenha vergonha de negociar antes que a situação piore”, disse. O papa também alegou ter disposição para contribuir com o processo e enfatizou que “as negociações nunca são uma capitulação”.

“Coragem é não levar o país ao suicídio”, continuou ele, contando sobre o sofrimento dos ucranianos.
Moscou já repetiu por diversas vezes a disposição do país para negociar, mas Kiev proibiu as conversas até a nível legislativo.
De acordo com o governo russo, a situação na Ucrânia pode ser resolvida pacificamente caso as novas realidades sejam levadas em consideração, com todas as demandas de Moscou já bem conhecidas.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que se a Ucrânia deseja um processo de negociação, gestos teatrais não são necessários, e para isso é preciso revogar o decreto que proíbe negociações entre os dois países. Segundo Putin, a Rússia nunca se opôs a resolver o conflito pacificamente, desde que as garantias de segurança da Rússia sejam respeitadas.
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