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quarta-feira, 18/06/2025




ONU: Israel destruiu fábrica de centrífugas no Irã

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Em Brasília

A Agência Internacional de Energia Atômica da ONU (AIEA) confirmou nesta quarta-feira (18/6) que os recentes ataques israelenses atingiram dois centros ligados à produção de energia nuclear no Irã.

Segundo a agência, as instalações afetadas – a oficina TESA Karaj e o Centro de Pesquisa de Teerã – eram usadas para fabricar centrífugas, equipamentos essenciais para enriquecer urânio, que serve tanto para produzir combustível para usinas de energia quanto para armas nucleares.

Motivo dos ataques de Israel

Israel alega que o programa iraniano de enriquecimento de urânio não tem objetivos pacíficos. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou no dia 12/6 que o Irã possui urânio suficiente para criar nove bombas atômicas, embora sem apresentar provas.

Netanyahu expressou medo de que o Irã possa cometer genocídio contra o povo judeu e alertou que o país poderia obter uma arma nuclear em poucos meses ou cerca de um ano.

Os ataques atingiram um prédio em Teerã onde rotores avançados de centrífugas eram fabricados e testados, além de dois prédios em Karaj, nos arredores da capital, responsáveis pela produção de componentes de centrífugas.

Esses locais estavam sob monitoramento da AIEA no âmbito do Plano de Ação Conjunto Abrangente (JCPOA), um acordo de 2015 entre o Irã e o grupo P5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha), que limitava o programa nuclear iraniano em troca da redução gradual de sanções econômicas.

Escalada do conflito

Na quarta-feira, os céus de grande parte de Israel e da capital iraniana, Teerã, foram iluminados por mísseis lançados por ambos os lados. Sirenes soaram durante a madrugada, alertando a população sobre os ataques. O exército israelense confirmou que seu território foi alvo de disparos iranianos e recomendou que a população busque abrigo.

Um porta-voz do Comando da Frente Interna de Israel alertou a população para seguir cuidadosamente as orientações de segurança, ressaltando que a defesa não é totalmente impenetrável.

Os militares israelenses afirmaram ter interceptado a maioria dos mísseis lançados pelo Irã.

Troca de ameaças entre líderes

Diante da situação tensa, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, fez uma ameaça pública direta ao líder supremo do Irã, exigindo sua rendição incondicional.

Trump declarou saber o local onde o aiatolá Ali Khamenei estaria escondido, afirmando que é um alvo fácil, mas que não pretende matá-lo por enquanto. Ele ainda alertou contra ataques com mísseis contra civis ou soldados americanos, dizendo que a paciência dos EUA está se esgotando.

Em resposta, o aiatolá Khamenei afirmou que o Irã se manterá firme frente a qualquer guerra ou paz impostas externamente, e avisou que qualquer intervenção militar dos EUA trará consequências graves e irreparáveis.




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