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sexta-feira, 28/11/2025




Onde está Doca? Disque Denúncia tem 149 avisos após operação

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O Disque Denúncia recebeu 149 relatos sobre o paradeiro de Edgar Alves Andrade, conhecido como Doca, principal alvo da grande operação realizada no Rio de Janeiro que completa um mês nesta sexta-feira (28/11). A média é de quase cinco comunicação por dia desde a ação policial que se tornou a mais letal na história do país.

O serviço de denúncias está oferecendo uma recompensa de R$ 100 mil para quem colaborar com a captura do traficante. Esse valor é o maior já oferecido até hoje. O anonimato é garantido e o contato pode ser feito pelo telefone (21) 2253-1177, que também funciona como WhatsApp anônimo.

Quem é Doca

Nascido em Caiçara, na Paraíba, Doca tem 55 anos e chegou ao Rio de Janeiro na década de 1990. Ele iniciou suas atividades no tráfico de drogas no Morro São Simão, em Queimados, na Baixada Fluminense. A Polícia Civil afirma que sua ascensão no crime foi marcada por extremo uso da violência, com execuções e intimidação da população local.

Reconhecido como um dos líderes do Comando Vermelho, Doca possui 269 registros criminais, incluindo tráfico, roubo, extorsão, corrupção de menores e organização criminosa. Ele também está sob investigação por diversos homicídios. A Justiça já emitiu 26 mandados de prisão contra ele.

A única vez que Doca foi preso foi em 2007, após um confronto que durou mais de 11 horas na Vila Cruzeiro. Em 2016, ele foi liberado e retornou às atividades criminosas. Investigações indicam que desde 2020 ele passou a controlar o Complexo da Penha, estando logo abaixo de Marcinho VP na hierarquia da facção.

Operação mais letal do país

A operação realizada em 28 de outubro, nos complexos da Penha e do Alemão, teve Doca como alvo principal. Os dados oficiais apontam 117 mortos, tornando esta a ação policial mais mortal já registrada no Brasil.

Entre os mortos, 59 possuíam mandados de prisão em aberto e ao menos 97 tinham antecedentes criminais, segundo a Polícia Civil. Outros 17 não apresentavam registros, mas 12 deles tinham indícios de ligação com o tráfico em suas redes sociais. Cinco agentes de segurança — três policiais civis e dois militares — também faleceram durante o confronto.

No total, 113 pessoas foram detidas e 10 menores apreendidos. As equipes também recolheram 118 armas, incluindo 93 fuzis, além de explosivos e grande quantidade de entorpecentes.




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