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quinta-feira, 25/12/2025

Mudanças propostas para melhorar a segurança pública

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Marina Ramos / Câmara dos Deputados

Mendonça Filho, deputado federal e relator da PEC 18/25, apresentou uma revisão do texto original da proposta que visa reformar a segurança pública no país. A proposta tem como objetivo criar um Sistema Único de Segurança Pública, integrando esforços da União e dos estados no combate ao crime organizado.

A votação foi adiada para a próxima terça-feira, a pedido dos deputados.

Entre as alterações sugeridas, destaca-se a criação do Sistema de Políticas Penais e do Sistema Brasileiro de Inteligência, além da introdução de novas fontes de financiamento para as ações de segurança.

De acordo com Mendonça Filho, a proposta original apresentada pelo governo estava muito centralizadora, não valorizando suficientemente a atuação dos estados. A nova versão promove maior descentralização e articulação federativa, equilibrando a coordenação nacional com a autonomia dos estados.

Anteriormente, o texto do governo ampliava o poder da União para coordenar atividades de segurança e criar leis gerais sobre o tema, embora a responsabilidade principal pelo combate ao crime continue sendo dos estados. Na revisão, a coordenação das ações conjuntas caberá a quem propor a iniciativa.

Jorge Solla, deputado federal, reconheceu avanços no modelo de financiamento da segurança pública, ressaltando a inclusão de novas receitas, como a arrecadação das apostas eletrônicas e o uso do Fundo Social.

Mendonça Filho ressaltou que os fundos constitucionalizados anteriormente careciam de recursos, e agora a proposta garante fontes estáveis de financiamento.

A nova legislação também aponta medidas mais rigorosas contra o crime, como restringir progressão de regime, vedar liberdade provisória e impedir conversão de pena de prisão por restrições de direitos, além de prever a perda de bens adquiridos por meio de atividades criminosas.

Principais mudanças contidas na proposta:

  • Criação de regime jurídico especial para organizações criminosas de alta periculosidade;
  • Fortalecimento dos direitos das vítimas no texto constitucional;
  • Proposta de referendo nacional para discutir a redução da maioridade penal em crimes violentos;
  • Nova estrutura federativa para segurança pública;
  • Reorganização das polícias e guardas municipais;
  • Ampliação das competências e fortalecimento das polícias Federal e Rodoviária;
  • Criação do Sistema de Políticas Penais e atualização da gestão prisional;
  • Combate ao controle do crime dentro dos presídios;
  • Competência do Congresso para sustar atos normativos do CNJ e CNMP abusivos;
  • Institucionalização da Política Nacional de Inteligência e expansão do SISBIN;
  • Financiamento permanente para segurança pública e sistema prisional com recursos do pré-sal e apostas de quota fixa;
  • Ampliação das competências legislativas e descentralização federativa com fortalecimento dos estados e municípios;
  • Atualizações constitucionais sobre prisão provisória e perda de direitos políticos;
  • Competência do Congresso para fiscalizar e controlar atividades de inteligência.

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