24.5 C
Brasília
quinta-feira, 26/06/2025




MP reforça pedido para que Bruno Henrique vire réu por manipulação no futebol

Brasília
nuvens dispersas
24.5 ° C
25.6 °
24.5 °
47 %
5.1kmh
40 %
qui
24 °
sex
27 °
sáb
27 °
dom
29 °
seg
28 °

Em Brasília

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) renovou a solicitação para que o jogador do Flamengo, Bruno Henrique, seja oficialmente considerado réu por suposta manipulação de resultados. A acusação é que ele teria recebido um cartão amarelo de forma intencional durante um jogo do Campeonato Brasileiro de 2023, favorecendo apostadores.

Os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) afirmam que a denúncia está sólida e pronta para avaliação da 7ª Vara Criminal de Brasília. Até o momento, o juiz responsável ainda não analisou o processo.

Essa iniciativa vem em resposta ao pedido da defesa de Bruno Henrique, que busca a rejeição da denúncia e a anulação da fiança de R$ 2 milhões proposta pelo Ministério Público.

Os promotores pedem que a denúncia seja aceita integralmente, contrariando a solicitação dos advogados do atleta, que participa do Mundial de Clubes nos Estados Unidos pelo Flamengo. Ele é acusado por manipulação de resultado esportivo, estelionato consumado em coautoria e duas tentativas de estelionato em coautoria, estando sujeito a pena de até 17 anos.

Além disso, Bruno Henrique está sob investigação da Polícia Federal por suposto envolvimento em esquema de apostas em corridas de cavalo.

Detalhes da denúncia

O Ministério Público formalizou acusações relacionadas à manipulação de resultado esportivo e estelionato. Segundo o Gaeco, Bruno Henrique teria sido incentivado por seu irmão a forçar o cartão amarelo.

Os promotores destacam que, após o atleta avisar o irmão, Wander Nunes, este teria comunicado familiares e um grupo de apostadores, que realizaram apostas específicas relacionadas ao cartão amarelo de Bruno Henrique. De fato, o jogador recebeu o cartão amarelo conforme combinado no jogo entre Flamengo e Santos em 01/11/2023.

O relatório indica que as contas usadas para as apostas eram majoritariamente recém-criadas, o que sugere foco exclusivo nesse evento. A Betano registrou que 98% das apostas para o mercado de cartões foram para Bruno Henrique receber o amarelo, número semelhante ao indicado pela GaleraBet e compatível com dados da KTO.

Além disso, usuários antigos que participaram dessas apostas modificaram significativamente seus padrões de comportamento, aumentando consideravelmente suas apostas nesse caso específico.

O MP também requer uma indenização de R$ 2 milhões dos acusados.

Acusações formadas pela Polícia Federal

O Gaeco fundamenta a denúncia no indiciamento feito pela Polícia Federal, que envolveu Bruno Henrique e outras nove pessoas por estelionato e fraude em competição esportiva.

A denúncia se baseia no artigo 200 da Lei nº 14.597/2023, que trata de fraude em resultado esportivo, e na Lei nº 14.790/2023, referente a estelionato contra agentes operadores de quota fixa.

Resposta da defesa

Em comunicado ao Metrópoles, a defesa de Bruno Henrique refuta as acusações, classificando a denúncia como infundada e oportunista, pois foi apresentada coincidentemente no mesmo dia em que foi divulgada a lista de participantes do Super Mundial de Clubes da FIFA, evento no qual o jogador está inscrito.

Os advogados afirmam que as alegações serão prontamente contestadas durante o processo judicial.




Veja Também