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sexta-feira, 07/11/2025




Movimento contra combustíveis fósseis cresce na COP30

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A mobilização para deixar de usar combustíveis fósseis como forma de combater o aquecimento do planeta ganhou novo impulso durante a reunião de líderes na COP30, que terminou nesta sexta-feira (7) em Belém, antes de iniciarem as negociações entre os países.

O encontro dos chefes de Estado e Governo começou na quinta-feira (6) sob um alerta preocupante: a ONU indicou que 2025 pode ser um dos anos mais quentes já registrados, e já reconhece que a meta de limitar o aquecimento a 1,5ºC provavelmente não será alcançada.

O cenário internacional também é desafiador, com os Estados Unidos, liderados por Donald Trump, que voltou a retirar o país do Acordo de Paris, sendo o segundo maior gerador de poluentes, atrás da China.

Apesar disso, líderes mundiais mostraram sinais de determinação em Belém, local da maior floresta tropical do planeta, pedindo ação urgente para aproveitar essa janela de oportunidade.

Dois anos após o compromisso feito em Dubai para diminuir o uso de combustíveis fósseis, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a destacar o tema durante a cúpula.

Embora o Brasil seja um dos maiores produtores de petróleo e tenha aprovado recentemente um projeto de exploração na Foz do Amazonas, Lula defendeu a criação de “mapas do caminho” para reduzir a dependência desses combustíveis.

“Não é algo fácil”

Vários países, incluindo a França e pequenos estados insulares preocupados com a elevação do nível do mar, apoiaram a iniciativa do Brasil.

Emmanuel Macron, presidente da França, afirmou que cada país deve apresentar sua estratégia para eliminar gradualmente os combustíveis fósseis.

Gaston Browne, primeiro-ministro de Antígua e Barbuda, criticou os grandes poluidores que continuam a destruir conscientemente o meio ambiente marinho e terrestre.

O “mapa do caminho” proposto por Lula foi interpretado como um indicativo claro das prioridades do Brasil para a COP30, segundo Katrine Petersen, do centro de estudos E3G.

Embora não seja esperado um consenso oficial entre quase 200 países, Lula apareceu como um defensor firme da pauta de transição energética, destacando que a ideia é propor um plano concreto e gradual para cortar o uso de combustíveis fósseis, reconhecendo que “não é uma coisa fácil”.

Proteção das florestas

Além disso, o Brasil lançou um fundo para proteger as florestas tropicais, como a Amazônia, reforçando a luta contra o desmatamento.

A Noruega anunciou um investimento de 3 bilhões de dólares, enquanto o Brasil e a Indonésia se comprometeram com 1 bilhão cada, e a França com mais 575 milhões para esse fundo global.

Jonas Gahr Støre, primeiro-ministro da Noruega, destacou a importância de frear o desmatamento para ajudar a combater as mudanças climáticas.




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