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quarta-feira, 25/06/2025




Moraes manda PF ouvir Wajngarten e Costa Bueno em caso de investigação

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O ministro Alexandre de Moraes, integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que a Polícia Federal (PF) realize depoimentos dos advogados Fábio Wajngarten e Paulo Costa Bueno no prazo máximo de cinco dias. Essa medida está inserida em um inquérito que avalia possível obstrução à investigação penal envolvendo uma organização criminosa. A decisão foi respaldada por documentos submetidos pela defesa de Mauro Cid, ex-assistente do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Conforme esclareceu Moraes, as evidências reunidas sugerem a possibilidade de prática de crime descrito no artigo 2º, parágrafo 1º, da Lei das Organizações Criminosas (Lei nº 12.850/2013). Por isso, o ministro considerou imprescindível ouvir os advogados para esclarecimento dos fatos.

Esse processo tem seu início em um inquérito que investiga os advogados Luiz Eduardo Kuntz e Marcelo Câmara. Durante as investigações, a defesa de Mauro Cid apresentou depoimentos de familiares e documentos que indicam que Kuntz, Wajngarten e Costa Bueno tentaram contato com membros da família de Cid, mesmo após ele ter firmado um acordo de delação premiada aprovado pelo STF.

Dentre os documentos entregues, estão testemunhos da esposa de Cid, Gabriela Ribeiro Cid, da mãe, Agnes Barbosa Cid, e da filha adolescente do militar, além do aparelho celular desta menor, obtido com autorização judicial para análise dos dados. A Polícia Federal confirmou que o aparelho foi apreendido, e o conteúdo está sendo extraído e categorizado, com um laudo técnico esperado para ser concluído em até dez dias.

Segundo a defesa, os advogados teriam tentado contatar Mauro Cid por meio da filha, de 14 anos, enviando mensagens que indicariam a exclusão de arquivos do celular. Em uma das conversas capturadas, Kuntz mencionou que “toda segunda-feira faz uma limpeza em seu celular”, o que pode sugerir tentativa de ocultar informações.

Além disso, a esposa e a mãe de Cid relataram ter sido abordadas pessoalmente em eventos sociais, como na Hípica de São Paulo, onde receberam tentativas de influência sobre a estratégia de defesa do ex-assistente.

Com base nesses relatos, Moraes determinou ainda que o laudo técnico sobre o conteúdo do celular da filha de Cid seja anexado ao inquérito no prazo estipulado de dez dias. O andamento do processo permanece sigiloso, e os depoimentos dos advogados Wajngarten e Costa Bueno serão conduzidos pela Polícia Federal conforme as diligências definidas pelo Supremo Tribunal Federal.




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