25.5 C
Brasília
sexta-feira, 20/06/2025




Moraes decide condenar líder do acampamento no QG a 15 anos de prisão

Brasília
nuvens dispersas
25.5 ° C
25.5 °
25 °
35 %
1.5kmh
40 %
sex
24 °
sáb
27 °
dom
28 °
seg
30 °
ter
27 °

Em Brasília

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes votou pela condenação de 15 anos de prisão de Diego Dias Ventura, identificado nas investigações como uma das lideranças do acampamento golpista em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.

O julgamento ocorre no plenário virtual. Segundo Moraes, as investigações da Polícia Federal (PF) e a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) mostraram que o acusado participou ativamente da organização criminosa armada que promoveu os ataques aos Três Poderes.

“A invasão aos prédios públicos foi um crime cometido em massa, tornando desnecessária a identificação individual dos responsáveis pelos danos, porém os líderes devem responder de forma mais severa conforme a lei penal”, afirmou o ministro.

Moraes ressaltou que o acusado confessou ter permanecido por 50 dias no QG, atuando na logística e arrecadando fundos para o acampamento. Também admitiu ter invadido o STF e o Palácio do Planalto durante as manifestações, gravando vídeos das ações.

O voto de Moraes propõe que Diego Ventura seja condenado a 12 anos e seis meses pelos crimes mais graves, como tentativa de golpe de Estado, e mais 1 ano e meio por outros crimes menores, incluindo dano qualificado e associação criminosa.

Além da pena, Diego deverá pagar multa de 100 dias e reparar danos morais coletivos no valor de R$ 30 milhões. O regime inicial da pena será fechado.

Quem é o acusado

Diego Ventura é um militante de extrema direita e um dos principais organizadores dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Ele foi preso pela Polícia Federal em julho de 2023.

Conhecido entre os apoiadores como Diego da Direita Limpa Campos, Ventura liderava o acampamento pró-Bolsonaro em frente ao Quartel-General do Exército.

Ele aparece em vídeos ao lado de Ana Priscila Azevedo, outra líder detida, também investigada pelo ataque às sedes dos Três Poderes. Ventura estava foragido desde os ataques de 8 de janeiro.

A prisão aconteceu enquanto Ventura se preparava para participar da 3ª Assembleia Nacional da Direita Brasileira, em Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, determinada por Moraes na Operação Lesa Pátria.




Veja Também