São Paulo, 22 – O Ministério Público da Itália deu um parecer favorável para a extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Ela foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e atualmente está presa em Roma, após a Corte de Apelação italiana considerar que ela representa risco de fuga.
Este parecer é uma etapa importante no processo de extradição, que ainda precisa da decisão final do governo da Itália. Zambelli saiu do Brasil antes da condenação ser definitiva e foi detida em Roma, no mês de julho, depois de ser incluída na lista vermelha da Interpol.
Desde então, a deputada está sujeita a um pedido de extradição do governo brasileiro, realizado em colaboração com as autoridades italianas.
Ela foi condenada duas vezes pelo STF. Na primeira condenação, a pena foi de dez anos de prisão pelos crimes de invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica. Nessa ação, o hacker Walter Delgatti Neto declarou ter sido contratado por Zambelli para inserir documentos falsos no sistema, inclusive um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
Após essa condenação, Carla Zambelli deixou o Brasil e foi presa na Itália, em uma operação conjunta da Polícia Federal do Brasil e das autoridades italianas.
Na segunda condenação, o STF fixou uma pena de cinco anos e três meses em regime semiaberto por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal, com perda do mandato após o trânsito em julgado.
A Advocacia-Geral da União (AGU) está acompanhando o processo de extradição para garantir que as decisões do Supremo sejam cumpridas e que Zambelli retorne ao Brasil para cumprir a pena.
A AGU também mantém contato direto com o Ministério das Relações Exteriores e com as autoridades italianas responsáveis pelo caso.