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sexta-feira, 01/11/2024
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Membros da ‘Abin Paralela’ falaram em dar tiro de fuzil na cabeça de Moraes

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Investigação apura uso indevido da Agência Brasileira de Inteligência contra autoridades públicas. Militar do Exército e agente da PF discutiram impeachment e tiro no ministro do STF

Por ser relator dos processos no Supremo contra o ex-presidente, ministro tornou-se um alvo permanente dos bolsonaristas radicais – (crédito: Alejandro Zambrana/Secom/TSE)

Dois integrantes da chamada “Abin Paralela”, presos nesta quinta-feira (11/7) pela Polícia Federal, discutiram a possibilidade de acertar um tiro de fuzil na cabeça do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na conversa interceptada pelos investigadores, o agente da PF Marcelo Araújo Bormevet e Gomes Rodrigues, do Exército Brasileiro — ambos cedidos para a agência da época — defenderam o impeachment do magistrado e depois citaram que ele “merecia algo a mais” em referência à ideia de assassinato.

“Esse careca tá merecendo algo a mais [sic]”, escreveu Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército.

Na conversa com Marcelo Araújo Bormevet, agente da Polícia Federal, os dois chegaram a falar de tiro de fuzil. A ideia ocorre após o compartilhamento de uma notícia informando que Moraes havia afastado um delegado da PF do inquérito sobre ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Giancarlo disse que o ministro merecia “algo a mais” e Bormevet respondeu: “7.62”, fazendo referência a um tiro de fuzil. O militar do Exército ainda complementou: “head shot”, que significa tiro na cabeça.

Em outra conversa, os dois falam sobre um abaixo-assinado pelo impeachment de Alexandre de Moraes. Bormevet envia para Giancarlo, que questiona do que se trata aquilo. Marcelo, então, responde: “Acho que tu é melancia”, fazendo referência aos militares que usam uniforme verde, mas seriam vermelhos, ou seja, de esquerda, por dentro.

Nesta quinta-feira, foi realizada a 4ª fase da Operação Última Milha, que visa de desarticular organização criminosa criada para o monitoramento ilegal de críticos ao governo Bolsonaro com produção de notícias falsas e utilizando-se de sistemas da Abin. Foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STF, em Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo.

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