Maior parte dos cortes será nas despesas “discricionárias”, ou seja, aqueles gastos que não são obrigatórios e que o MEC pode optar ou não por fazer
Na contramão dos cortes do seu próprio orçamento, o Ministério da Educação (MEC) quer abrir mão de verbas e dobrar os gastos com o programa de escolas comandadas por militares. Os gastos do MEC com as escolas cívico-militares deverão sair de R$ 54 milhões em 2020 para R$ 108 milhões em 2021.
Documento obtido pelo GLOBO mostra que, para fazer o projeto funcionar, o MEC pediu até um corte em seu próprio orçamento para que mais recursos fossem direcionados ao Ministério da Defesa, responsável pelo pagamento de militares inativos que atuarão nas escolas.
A previsão de duplicar os investimentos no programa acontece em meio ao anúncio de que o governo pretende cortar recursos do orçamento do MEC em 2021.
A maior parte dos cortes será nas despesas “discricionárias”, ou seja, aqueles gastos que não são obrigatórios e que o MEC pode optar ou não por fazer. O pedido para o corte no próprio orçamento para garantir a expansão do programa foi feito no dia 27 de julho, em documento obtido pelo GLOBO.