Na cerimônia de lançamento do Plano Safra 2025/2026, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira, 1º, que a preservação ambiental e a recuperação de áreas degradadas são essenciais para aumentar a produção agrícola em espaços menores. Para exemplificar a relevância das questões climáticas, Lula mencionou as paralisações ocorridas durante partidas da Copa do Mundo de Clubes da Fifa, realizada nos Estados Unidos.
“Se cuidarmos adequadamente da proteção de nossos rios, nascentes e mananciais e recuperarmos terras degradadas, com o tempo perceberemos que conseguimos produzir mais em menos hectares, aumentando também a qualidade dos produtos”, declarou o presidente.
Lula recordou que ao iniciar seu primeiro mandato em 2003, o Brasil era conhecido por desmatamento e incêndios frequentes. Ele também rememorou um episódio em que debateu com empresários interessados em plantar cana-de-açúcar no Pantanal.
O governo oficializou os detalhes do Plano Safra 2025/2026, que destinará R$ 516,2 bilhões para linhas de crédito focadas em agricultores médios e grandes, representando um aumento de 1,5% em relação ao ano anterior.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ressaltou a expansão do acesso ao Funcafé para pequenos e médios produtores, além da unificação das linhas de crédito Inovagro e Moderagro, o que facilitará o acesso a recursos para inovação no setor. Também destacou a elevação do limite de enquadramento do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) para R$ 3,5 milhões ao ano.
O Plano Safra 2025/26 incluirá ainda reforços nas linhas em dólar do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), totalizando R$ 18 bilhões, com R$ 14,4 bilhões destinados a custeio e investimento, a juros anuais entre 8,5% e 9%.