Desde segunda-feira (19), as informações sobre o número de usuários do Android que baixaram malware na Google Play Store só aumenta. O pesquisador de segurança da ESET, Lukas Stefanko, vem denunciando na sua conta do Twitter alguns aplicativos maliciosos disponíveis na loja do Android. Já são mais de meio milhão de usuários afetados.
Antes da remoção dos aplicativos da Play Store, o número de instalações já passam de 580 mil. São aplicativos que carregam malwares e adwares e, por incrível que possa parecer, alguns do apps apareciam na categoria “Tendência” da loja, tendo assim ainda mais visibilidade.
No início da semana, Stefanko denunciou pelo menos 13 aplicativos do mesmo desenvolvedor, em sua maioria jogos de condução de caminhão ou carro. Depois de baixados, os aplicativos apresentam uma série de erros, como permanecer na tela de carregamento.
Assim, enquanto o usuário aguardava o carregamento, o aplicativo injetava um script de outro domínio no sistema, registrado por um desenvolvedor em Istambul, e instalava o malware em segundo plano, excluindo o ícone do aplicativo no processo.
Segundo Stefanko, não está bem claro como estes aplicativos maliciosos funcionam, mesmo depois de uma análise feita pelo serviço VirusTotal. Porém, sabe-se que o malware é persistente, pois sempre que o dispositivo é inicializado, ele tem acesso total ao tráfego da rede, o que pode ser usado para roubar os dados dos usuários.
Ontem, mais 9 apps foram denunciados pelo pesquisador da ESET, entre eles livros de colorir para crianças. Depois de instalados, estas apps enviam notificações de incompatibilidade com o aparelho e solicitam que o usuário faça uma avaliação. Estes são os chamados adwares.
Até o momento em que este artigo foi publicado, o Google ainda não havia removido todos os aplicativos denunciados. O app How to Draw and Color Any Cartoon, denunciado como um adware, ainda pode ser baixado na loja.
Mais uma vez a Play Store está envolvida em uma brecha de segurança, mesmo com os anúncios da gigante das buscas sobre o aumento da segurança na loja. Porém, as recentes denúncias mostram que ainda há muito trabalho a fazer.