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terça-feira, 23/09/2025

Lula vai vetar anistia a Bolsonaro se congresso aprovar

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que vetará qualquer proposta de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), caso o Congresso Nacional aprove o texto. A declaração foi dada em entrevista exclusiva à BBC News Internacional nesta quarta-feira (17/9), no Palácio da Alvorada.

“Se viesse para eu vetar, pode ficar certo de que eu vetaria. Pode ficar certo que eu vetaria”, afirmou Lula.

Essa declaração vem em meio à pressão da ala bolsonarista para que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), coloque a proposta em votação. As lideranças buscam acelerar a tramitação do projeto, solicitando regime de urgência.

Embora mantenha posição contrária à anistia, Lula destacou que a decisão cabe ao Congresso. “O presidente da República não se mete numa coisa do Congresso Nacional. Se os partidos políticos decidirem que é preciso conceder anistia, isso é problema do Congresso”, salientou.

Condenação de Bolsonaro

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Bolsonaro, na última quinta-feira (11/9), a 27 anos de prisão por tentativa de golpe contra a democracia. O ex-presidente está em prisão domiciliar desde agosto, após desobedecer medidas cautelares ligadas a investigações sobre conspirações contra o país, envolvendo também seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Crítica à Proposta de Emenda Constitucional

Na mesma entrevista, Lula criticou a aprovação da proposta de emenda constitucional conhecida como “PEC da blindagem”, que dificulta a abertura de investigações contra parlamentares.

“Se eu fosse deputado, votaria contra. Se fosse presidente do meu partido, orientaria para votar contra. Aliás, fecharia questão para votar contra”, afirmou o presidente.

Relação com os Estados Unidos

Próximo à viagem para a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, Lula criticou o aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos e comentou que nunca buscou contato com Donald Trump por ele não ter interesse em diálogo.

O presidente frisou, porém, que está aberto à conversa caso se encontrem nos Estados Unidos: “Se ele chegar e passar perto de mim, vou cumprimentá-lo porque sou um cidadão civilizado. Converso com todos, estendo a mão para todos. Nasci na política negociando, então não há problema para mim.”

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