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quarta-feira, 18/06/2025




Lula pede que ONU volte a liderar a paz no mundo

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta terça-feira (17), durante sua fala na Sessão Ampliada da Cúpula do G7, a importância de a Organização das Nações Unidas (ONU) reassumir seu papel central na resolução de conflitos globais. Ele ressaltou que a falta de liderança tem agravado os conflitos armados entre países.

“Na mesa em que estamos, estão três membros permanentes do Conselho de Segurança e outras nações com forte tradição de defesa da paz. É hora de devolver o protagonismo à ONU. O Secretário-Geral deve liderar um grupo representativo de países comprometidos com a paz para restabelecer a organização como um espaço de entendimento e diálogo”, afirmou o presidente brasileiro em Kananaskis, no Canadá.

O G7 representa sete das maiores economias industriais do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. Dentre estes, Estados Unidos, Reino Unido e França são membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.

Lula mencionou os recentes ataques de Israel contra o Irã, que, segundo ele, têm o potencial de transformar o Oriente Médio em um grande campo de batalha com consequências globais profundas.

Sobre o conflito entre Ucrânia e Rússia, destacou que nenhum dos lados alcançará seus objetivos por meio da força militar, enfatizando que somente o diálogo pode levar a um cessar-fogo e abrir caminho para uma paz duradoura.

Comentando sobre o conflito na Faixa de Gaza, Lula declarou que nada justifica a morte indiscriminada de milhares de mulheres e crianças e o uso da fome como instrumento bélico.

Segurança energética

No discurso durante a Sessão Ampliada do G7, Lula ressaltou o papel do Brasil na segurança energética global, mas afirmou que o país não aceitará práticas predatórias ou excludentes.

“Países em desenvolvimento devem participar de todas as etapas das cadeias de minerais estratégicos, incluindo seu processamento”, defendeu.

Ele lembrou da importância da expansão de fontes renováveis como energia eólica e solar, e da descarbonização do transporte e da agricultura, que dependem de minerais estratégicos. O Brasil tem a maior reserva mundial de nióbio, e é o segundo maior em níquel, grafita e terras raras, e terceira em manganês e bauxita.

“Não repetiremos os erros do passado. Por séculos, a exploração mineral acumulou riqueza para poucos, deixando destruição e miséria para muitos. Ela não deve ameaçar biomas como a Amazônia e os fundos marinhos”, alertou o presidente.

Lula mencionou ainda o protagonismo brasileiro na produção de biocombustíveis, uso de energia limpa, hidrogênio verde e combustíveis sustentáveis para a aviação.

Relações com o Canadá

Em conversa com o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, compartilhada nas redes sociais, Lula parabenizou-o pela firme defesa da soberania canadense e expressou o desejo de fortalecer os laços bilaterais.

“Quero aproximar o Brasil do Canadá. É um país muito importante, com muitas empresas canadenses presentes no Brasil. Desejo uma relação política, cultural, comercial e na área climática muito mais forte. Esse é o meu objetivo”, afirmou.

Carney destacou que a COP 30, que será realizada em Belém (PA), será o evento climático mais relevante do ano no mundo, e se colocou à disposição para colaborar no que for necessário. “Ninguém melhor que você para liderar esse esforço”, disse o primeiro-ministro.




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