O presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou recursos financeiros a bancos multilaterais e países doadores em uma reunião do Conselho de Campeões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, realizada em Roma, Itália. Ele destacou que sem verba adequada, mudanças efetivas não ocorrerão.
Lula ressaltou a necessidade de priorizar o combate à fome e à pobreza acima de ajustes fiscais, afirmando que esses são os verdadeiros impulsionadores da economia mundial.
Ele pediu aos governos que incluam os pobres nas prioridades orçamentárias e mencionou avanços em seu mandato, incluindo a aprovação pela Câmara dos Deputados de isenção do imposto de renda para quem recebe até cinco mil reais, medida que ajuda a financiar programas sociais que reduzem desigualdades.
O presidente também enfatizou a progressividade tributária aprovada, que aumenta impostos para quem ganha mais de cem mil dólares por ano, ampliando os recursos para políticas públicas essenciais.
Além disso, Lula falou sobre a inauguração do mecanismo da Aliança Global, que agora possui sede, secretariado e direção, com apoio financeiro do Brasil, Noruega e Espanha garantido até 2030.
Ele observou que, apesar dos avanços tecnológicos e científicos, a persistência da fome e da pobreza demonstra falhas na cooperação mundial.
Lula informou que não participará do encontro inicial da Aliança, que ocorrerá no Catar em novembro, devido à proximidade com a Cúpula de Líderes da COP30 em Belém (PA). Os ministros Geraldo Alckmin e Wellington Dias representarão o Brasil no evento catari.
O presidente reafirmou o compromisso de incluir uma Declaração sobre Fome, Pobreza e Clima na COP30, destacando a segurança alimentar como foco nas ações contra mudanças climáticas.
Conteúdo: Estadão