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segunda-feira, 25/11/2024
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Líder do MDB na Câmara diz que está ‘cada vez mais difícil’ viabilizar 3ª via

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Em entrevista à Esfera Brasil, o deputado Isnaldo Bulhões afirma que o partido segue discutindo a candidatura de Simone Tebet à Presidência, mas também dialoga com outros candidatos

Isnaldo Bulhões, líder da bancada do MDB na Câmara dos Deputados. (Câmara dos Deputados/Reprodução)

A convenção do MDB para definir se o partido lançará mesmo a candidatura da senadora Simone Tebet à Presidência está marcada para o próximo dia 25. Mas, nas últimas semanas, tem se ventilado a possibilidade de o partido abrir mão de candidatura própria e fazer uma aliança com o PT já para o 1º turno.

Na opinião do líder da bancada do MDB na Câmara dos Deputados, Isnaldo Bulhões (MDB-AL), a pré-candidatura de Tebet é legítima, mas o aumento da polarização e o favoritismo de Lula nas pesquisas eleitorais está tornando “cada vez mais difícil” viabilizar uma 3ª via.

O deputado federal participou da celebração de 1 ano da Esfera Brasil em São Paulo e nos concedeu uma entrevista exclusiva. Leia a seguir.

Esfera Brasil – Na opinião do senhor, ainda há a viabilidade de uma terceira via? O MDB anunciará a senadora Simone Tebet como pré-candidata à Presidência ou há a possibilidade de uma aliança com o PT para o 1º turno?

Isnaldo Bulhões – Quero deixar claro que minha opinião é como filiado ao MDB e não como líder da bancada do partido na Câmara dos Deputados. Em primeiro lugar, tem que deixar claro que é legítima a candidatura da Simone Tebet, o partido discutirá essa candidatura nos próximos dias em convenção [prevista para o dia 25].

Mas, particularmente, acho que a terceira via, e não somente a via que a Simone vem representando na pré-candidatura, diante da polarização ela foi estreitada. Isso está sendo demonstrado pelas pesquisas publicadas e feitas, pelas nossas caminhadas, no rol de nossas amizades, mas a Simone tende a ter um favoritismo na convenção do MDB para que venha a ter sua candidatura confirmada. É o que eu acredito, porém, alas do partido, como a que eu participo, vêm conversando com os demais candidatos.

Eu tenho um posicionamento claro, temos em Alagoas uma aliança histórica com o presidente Lula, alguns emedebistas, embora acredito que em minoria, têm relação com o presidente Bolsonaro ou identidade. O que está em discussão no MDB, a princípio, é a candidatura da senadora Simone, mas o diálogo continua.

Mas eu acho que está cada vez mais difícil uma terceira via ser viável no Brasil. Quanto ao caminho dos resultados que podem acontecer no próximo pleito de outubro, cada vez acredito mais que o presidente Lula vem consolidando o seu favoritismo e o presidente Bolsonaro, a sua rejeição.

Esfera Brasil – A PEC dos Benefícios prejudicará o próximo governo? Havia alguma possibilidade de ela não ser aprovada?

Isnaldo Bulhões – Não havia forma de evitar aprovação. Apesar de discordar da questão do freio da inflação, do controle do preço dos combustíveis, a PEC não traz nenhum resultado definitivo. Porém, foram agregados vários ingredientes fundamentais para a sociedade brasileira, como, mesmo que emergencial, evitar que o transporte público viesse a colapsar, a questão do incremento do auxílio para as pessoas mais pobres do Brasil, bem como também a do vale-gás. Quando a PEC agregou esses temas, ficava muito difícil o Congresso Nacional não ir de encontro.

Esfera Brasil – O senhor acredita que haverá acirramento da violência política nas eleições?

Isnaldo Bulhões – Esse tema é muito preocupante, é o principal tema na ordem do dia. Não apenas a segurança dos candidatos, mas sim a da população. Tivemos um fato recente onde houve um assassinato, homicídio. Esse extremismo, principalmente daqueles que fazem política armamentista , envolvendo radicalismo, do que, aliás, estamos muito distantes, nos preocupa muito.

Os candidatos têm que ter seguranças garantidas, redobradas, mas acima de tudo a população tem que ter consciência de que a gente vive numa democracia em que tem que respeitar os pensamentos contrário. A consciência de debater a política no campo democrático.

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