O líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), disse que não vê risco de a reforma ministerial demandada por alguns partidos da base aliada atrapalhar as negociações para a aprovação da Reforma da Previdência. Para Moura, o pedido de mudança no primeiro escalão do governo é “pontual”. PP e PTB são alguns dos partidos que querem mais espaço no governo após a votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. “Não podemos politizar a reforma da Previdência”, pregou.
O deputado, que participou da primeira parte da reunião da manhã desta quinta-feira entre a equipe econômica do governo e governistas sobre a Previdência, disse que o clima foi muito melhor do que o da reunião com o presidente Michel Temer na última segunda-feira.
Ele destacou que a mensagem equivocada de que a reforma não sairia do papel causou repercussão negativa no mercado financeiro e, por consequência, ajudou a sensibilizar deputados e senadores de que, se a PEC não for aprovada, “o Brasil virará uma Grécia”. “Há males que vêm para bem”, destacou.
Moura não escondeu que se preocupa com a proximidade do calendário eleitoral e o desgaste da votação da PEC da Previdência para os parlamentares que disputarão as eleições. “Vai dificultar a aprovação”, admitiu.
Ainda assim, o esforço neste mês de novembro será para construir um novo texto, negociá-lo com a base e tentar votá-lo em dezembro. A ideia é deixar para que o Senado aprecie o tema no início de 2018.