Israel tem empregado no conflito com o Irã o sistema Iron Beam, conhecido como Raio de Ferro, que utiliza feixes de laser para destruir drones e mísseis inimigos.
Naftali Bennett, ex-primeiro ministro de Israel, ao divulgar o desenvolvimento desta tecnologia em 2022, destacou que "o sistema laser representa uma transformação estratégica para Israel e o mundo".
O Raio de Ferro é uma defesa aérea baseada em lasers capaz de neutralizar diversos ataques, incluindo foguetes, morteiros, veículos aéreos não tripulados e enxames de drones. Foi desenvolvido para garantir alta precisão e diminuir gastos operacionais.
Em 2022, o engenheiro e especialista em defesa israelense Uzi Rubin afirmou ao Wall Street Journal que o sistema apresenta duas principais vantagens: o baixo custo por alvo e a facilidade de manutenção, já que não utiliza munições tradicionais, o que simplifica toda a logística de produção.
Segundo o fabricante, o custo por interceptação é quase nulo, com danos colaterais mínimos. Comparado aos mísseis tradicionais que custam entre 40 a 80 mil dólares cada, o Raio de Ferro representa uma economia significativa.
Como funciona o sistema
O equipamento utiliza um laser de alta potência, com até 100 kW, para desativar as ameaças. O sistema é composto por um canhão de laser com espelhos que concentram o feixe de luz em um ponto extremamente preciso, com diâmetro similar ao de uma moeda. Essa precisão é possível pois o laser não sofre interferência do vento ou temperatura do ar.
Além da arma laser, o dispositivo conta com monitoramento GPS dos alvos e um centro de comando para controle das operações.
Modelos e aplicações
O Raio de Ferro pode funcionar como uma instalação fixa, operando com radares para monitorar o ambiente, ou como equipamento móvel instalado em veículos blindados ou caminhões. Também é possível integrá-lo a aeronaves civis para identificar e neutralizar objetos voadores.
Limitações do sistema
Apesar da alta eficiência, o alcance do Raio de Ferro é restrito a 10 km, o que pode ser insuficiente para grandes confrontos. Outro desafio é a necessidade constante de eletricidade ou baterias, limitando sua operação autônoma devido à necessidade frequente de recarga.