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quarta-feira, 25/06/2025




Juliana teve resgate negligenciado, precisamos buscar justiça

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Em Brasília

A família de Juliana Marins, que faleceu após uma queda na trilha do Monte Rinjani, na Indonésia, denunciou nesta quarta-feira, 25, nas redes sociais, que houve uma grande negligência por parte da equipe de resgate.

O acidente aconteceu na sexta-feira, 20, e apenas na terça-feira, 24, os socorristas chegaram ao local onde a brasileira estava, constatando seu falecimento. O corpo foi encontrado a 600 metros do local da queda, após quase quatro dias de espera.

“Se a equipe tivesse chegado a tempo, dentro de um prazo estimado de 7 horas, Juliana poderia estar viva”, declarou a família em uma postagem no Instagram, onde compartilham informações sobre o caso. “Juliana merecia cuidado e respeito! Agora vamos lutar por justiça para ela, pois isso é o justo.”

Testemunhas relataram que Juliana foi deixada para trás pelo guia contratado para o passeio, que continuou com o restante do grupo, deixando-a sozinha. A queda e o desaparecimento foram notados somente horas mais tarde.

Posição do governo da Indonésia

O governo da Indonésia, responsável pelo Parque Nacional do Monte Rinjani, justificou o atraso nos resgates afirmando que a operação envolveu várias agências e voluntários trabalhando em condições adversas e com clima incerto, sendo que o trabalho foi interrompido diversas vezes devido ao mau tempo.

“O Ministério Florestal da República da Indonésia lamenta profundamente a morte de Juliana De Souza Pereira Marins, uma alpinista brasileira que faleceu na trilha do parque. Enviamos nossas condolências à família, amigos e colegas, desejando força para superar essa tragédia”, declarou o parque em nota oficial.

Na quarta-feira, 25, foi realizada a remoção do corpo de Juliana do penhasco, iniciada às 6h. O corpo, encontrado a 600 metros do ponto da queda, foi içado com equipamentos apropriados. Às 13h51, a equipe de resgate junto ao corpo estavam no topo do penhasco, que é o ponto de ancoragem, e às 15h50 chegaram a Pelawangan, um ponto referência da trilha, de onde desceram para Sembalun.

O corpo de Juliana chegou às 20h40 no Resort Sembalun e foi encaminhado ao Hospital Bhayangkara Polda NTB, onde será submetido a exames periciais antes do retorno ao Brasil.

Sobre Juliana Marins

Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, Juliana tinha 27 anos e era apaixonada por viagens, tendo visitado diversos países como Espanha, Holanda, Vietnã, Alemanha, Uruguai e Egito, onde realizou intercâmbio.

Ela trabalhou em empresas do grupo Globo, incluindo Multishow e Canal Off, além da agência de marketing Mynd e do evento Rio2C, focado na indústria criativa. Formada em Comunicação pela UFRJ, Juliana também cursou fotografia e roteiro e direção de cinema.




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