Segundo o ex-premiê do Reino Unido, Londres tem estado relutante em fornecer sistemas antitanque britânicos à Ucrânia por medo de “provocar” o líder russo, apesar da descoberta de exemplares em 2018 nas mãos de Kiev.
Boris Johnson, ex-primeiro-ministro do Reino Unido (2019-2022), afirmou na sexta-feira (3) que vários funcionários britânicos se pronunciaram contra o fornecimento de lança-granadas antitanque NLAW para a Ucrânia.
Falando em entrevista ao canal britânico TalkTV, ele disse que durante as discussões sobre o assunto, que começaram já em 2021, alguns funcionários alertaram que o fornecimento desses sistemas antitanque poderia “provocar” Vladimir Putin, presidente da Rússia.
Londres anunciou o fornecimento de lança-granadas antitanque NLAW para a Ucrânia em janeiro de 2022.
De acordo com um documento obtido pela Sputnik em março de 2022, instrutores britânicos treinaram soldados ucranianos no uso de armas em 2018, quando as partes do processo de Minsk estavam tentando resolver o conflito de Donbass pacificamente, e Londres ainda não tinha anunciado o fornecimento de lança-granadas antitanque NLAW.
O documento encontrado pelo correspondente da Sputnik em Volnovakha, em Donbass, incluía um certificado provando que o soldado ucraniano Boris Kazaryan fez cursos para sargentos juniores com a participação de instrutores britânicos entre 17 de outubro e 2 de novembro de 2018. Foi também encontrado um grande número de NLAW.
