Um futebolista de 28 anos está sob investigação por suspeita de participação em uma quadrilha criminosa que cometia fraudes em lotéricas, conforme ação da Polícia Civil de Goiás realizada na quarta-feira (3/12).
Segundo apurado, Daniel Costa Félix e outros cinco suspeitos se faziam passar por donos de lotéricas nos estados de Goiás e Alagoas, induzindo os funcionários a efetuarem pagamentos de boletos fraudulentos. Um dos estabelecimentos sofreu um prejuízo que ultrapassou R$ 980 mil.
Durante a operação, chamada Sorte de Sereia, foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva. Duas pessoas foram detidas, enquanto quatro continuam foragidas, incluindo o líder que atua em São Paulo, dois suspeitos em Goiás e Daniel, atualmente fora do país.
De acordo com o Grupo Especial de Investigações Criminais (Geic) de Anápolis, que auxilia a Polícia Civil de Alagoas (PCAL), Daniel seria o responsável pela falsificação dos boletos e pela comunicação entre os ‘laranjas’ e os chefes da organização criminosa.
Os valores enganados das vítimas eram enviados para contas de ‘laranjas’ e posteriormente divididos entre os envolvidos. Este dinheiro passava por múltiplas movimentações financeiras antes de ser concentrado nas contas dos líderes da quadrilha.
O delegado da Polícia Civil de Alagoas, José Carlos André, relatou que os funcionários das lotéricas acreditavam estar cumprindo ordens legítimas dos proprietários e, por isso, realizavam os pagamentos dos boletos recebidos.
“Em Alagoas, uma lotérica sofreu prejuízo superior a R$ 980 mil e outra registrou perda superior a R$ 70 mil”, afirmou o delegado.
Os investigados deverão responder pelos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro.

