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sexta-feira, 27/06/2025




Japão executa homem que matou nove pessoas pelo Twitter

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O Japão aplicou nesta sexta-feira (27) a pena de morte em Takahiro Shiraishi, conhecido como o ‘assassino do Twitter’, que tirou a vida de nove pessoas contatadas pela rede social. Esta foi a primeira execução no país desde 2022.

Takahiro Shiraishi, de 34 anos, havia assassinado e desmembrado nove pessoas em 2017, principalmente jovens mulheres que ele havia abordado via Twitter (atualmente denominado X).

Conforme o ministro da Justiça Keisuke Suzuki, Shiraishi foi responsável por crimes de roubo, estupro, homicídio, mutilação e abandono de corpos. As vítimas foram atacadas, estranguladas, mortas e posteriormente seus corpos foram desmembrados, com partes armazenadas em caixas e outras descartadas em um local de descarte de lixo.

O motivo dos assassinatos, segundo o ministro, foi o interesse pessoal de Takahiro Shiraishi em satisfazer desejos sexuais e obter ganhos financeiros, chocando e causando grande apreensão na sociedade japonesa.

Takahiro Shiraishi admitiu os crimes e afirmava entrar em contato com pessoas com tendências suicidas oferecendo ajuda para morrer. As vítimas, entre 15 e 26 anos, foram atraídas até sua residência nos arredores de Tóquio, onde foram assassinadas e desmembradas, com os restos armazenados em pequenas geladeiras e caixas de ferramentas.

Sentenciado à pena máxima em 2020, os advogados defenderam que ele deveria cumprir prisão, alegando que as vítimas consentiram na morte por seus pensamentos suicidas. No entanto, um juiz considerou os crimes cruéis e vigaristas, ressaltando que Takahiro Shiraishi explorou vulnerabilidades das vítimas.

Descoberta macabra

A polícia identificou os assassinatos após investigar o desaparecimento de uma jovem que publicou no Twitter intenção de suicídio. Seu irmão acessou a conta da vítima e conduziu as autoridades à casa do condenado, onde foram encontrados restos mortais humanos escondidos em caixas, disfarçados com areia para gatos para ocultar odor.

Foram recolhidos no local tesouras, facas, serras e outros instrumentos utilizados nos crimes.

O Japão, junto com os Estados Unidos, é um dos únicos países do G7 que mantém a pena de morte, amplamente apoiada pela população japonesa. Segundo estudos recentes, 83% dos cidadãos concordam com a aplicação dessa punição.

Embora a lei determine que a execução ocorra em até seis meses após a sentença definitiva, muitos presos aguardam por anos no corredor da morte. Geralmente, os detentos são comunicados da execução com poucas horas de antecedência.

O sistema carcerário e a falta de transparência no processo são frequentemente alvo de críticas, apesar do respaldo popular.




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