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sexta-feira, 20/06/2025




Israel e Irã: UE vê chance para negociar cessar-fogo enquanto Trump avalia

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A guerra entre Israel e Irã alcançou o sétimo dia nesta quinta-feira (19/6), sem sinais claros de resolução. Enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que levará até duas semanas para decidir se o país norte-americano entrará diretamente no conflito, a União Europeia enxerga uma janela para negociações e busca um cessar-fogo.

Países europeus indicam oportunidade devido à postura estática dos EUA no momento. Ministros das Relações Exteriores da Inglaterra, Alemanha e França estão a caminho de Genebra, Suíça, para dialogar com representantes iranianos sobre a crise com Israel na sexta-feira (20/6).

Autoridades americanas, porém, demonstram cautela e não demonstram grandes expectativas para o encontro. Na quinta, o conflito teve novos bombardeios, declarações agressivas e ameaças, além do ataque iraniano ao Hospital Soroka, principal hospital do sul de Israel, ferindo 71 pessoas.

Operação militar israelense contra o Irã

Após diversas ameaças anteriores, Israel efetuou um “ataque preventivo” focado no programa nuclear do Irã. O objetivo principal é impedir que o país persa desenvolva uma arma nuclear.

Em resposta, o Irã lançou ataques com drones e mísseis contra o território israelense. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou no último sábado (14/6) que a ofensiva continuará, prometendo atingir todas as bases iranianas.

Relatos indicam que parte do programa nuclear iraniano já sofreu danos, porém impactos maiores dependerão do uso de bombas ou da intervenção direta dos EUA, solicitada pelo governo israelense.

Diálogo e negociações

Na quarta-feira (18/6), o secretário britânico para o Exterior, David Lammy, reuniu-se com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Ambos concordaram que o Irã não deve desenvolver uma arma nuclear.

Lammy afirmou que há uma janela de oportunidade nas próximas duas semanas para alcançar uma solução diplomática e evitar uma escalada do conflito.

Na segunda-feira, diplomatas dos EUA, França, Inglaterra e União Europeia já haviam se encontrado para tratar da crise no Oriente Médio. A escalada do conflito também foi tema da reunião entre Rubio e a ministra do Exterior da Austrália, Penny Wong, na quinta-feira.

O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Tammy Bruce, declarou que estão empenhados em buscar um caminho de paz para garantir que o Irã nunca desenvolva uma arma nuclear.

Estados Unidos ponderam decisão

Trump afirmou que necessita de tempo para decidir a posição dos EUA no conflito, numa resposta a informações publicadas pelo jornal The Wall Street Journal.

Ele comunicou que tomará sua decisão nas próximas duas semanas, considerando a possibilidade ou não de negociações com o Irã.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, interpretou a possível intervenção norte-americana como um sinal de fraqueza de Israel.

Conflito agrava-se após ataque a hospital

O hospital Soroka Medical Center, situado em Beersheba, no sul de Israel, foi atingido por um míssil iraniano, danificando sua estrutura e exigindo a transferência dos pacientes para outras unidades.

O ataque provocou a irritação do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que o classificou como um ato terrorista e prometeu responsabilizar o governo de Teerã.

Em retaliação, o secretário-geral do Hezbollah, Naim Qassem, declarou apoio firme ao Irã na guerra contra Israel, afirmando que o Hezbollah está do lado dos direitos legítimos do Irã contra a agressão dos EUA e sua aliança com o que chamou de “tumor cancerígeno”, referindo-se a Israel.




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