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sexta-feira, 20/06/2025




Israel deve se preparar para conflito duradouro, afirma chefe militar

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O general Eyal Zamir, comandante do exército israelense, alertou nesta sexta-feira, 20, que a população do país deve estar pronta para um conflito prolongado contra o Irã. Essa declaração foi feita durante um dia marcado por intensos ataques mútuos entre as forças israelenses e iranianas. “Estamos conduzindo a operação mais complexa da nossa história”, afirmou o general. “É necessário prepararmo-nos para um período extenso de confronto. Apesar dos progressos significativos, enfrentaremos dias difíceis pela frente.”

Entre as conquistas mencionadas por Zamir está a diminuição do arsenal iraniano. Antes do início da ofensiva, o Irã possuía em torno de 2,5 mil mísseis terra-terra, com planos de fabricar mais 5,5 mil em dois anos, além de avanços no programa nuclear, cujo objetivo, segundo Israel, seria a produção de uma arma atômica — acusação negada por Teerã, que afirma tratar-se de atividade exclusivamente civil.

Na quinta-feira, o Irã lançou um ataque contra alvos israelenses. Conforme informações do exército de Israel, serviços de emergência e emissoras locais, foram disparados 35 mísseis contra cidades como Haifa, Bersheva e Tel-Aviv, deixando mais de 40 feridos. Em resposta, Israel realizou bombardeios contra instalações de mísseis e um centro de pesquisa vinculado ao programa nuclear iraniano.

Enquanto o conflito armado se intensificava, diplomatas do Reino Unido, França, Alemanha e da União Europeia reuniram-se com representantes iranianos na Suíça buscando uma solução diplomática. No entanto, o encontro terminou sem progressos.

Antes do diálogo, o chanceler iraniano Abbas Araghchi declarou que o Irã não entraria em negociações para cessar as hostilidades enquanto os ataques israelenses persistissem. Após a reunião, diplomatas ocidentais expressaram a intenção de manter o diálogo e defenderam a participação dos Estados Unidos no processo. Porém, em Washington, o presidente Donald Trump minimizou esses esforços e afirmou que o Irã prefere negociar diretamente com ele, rejeitando pressionar Israel a suspender ataques como condição para as conversas.

“É complicado pedir isso, pois quando um lado está vencendo, é mais difícil do que quando está perdendo”, disse Trump. “Mas estamos prontos e dispostos a conversar com o Irã e aguardaremos o desenlace.”

Rafael Grossi, diretor da Agência Internacional de Energia Atômica, alertou sobre o perigo de um ataque à usina nuclear de Bushehr, no Irã, avisando que um bombardeio ali poderia gerar uma tragédia de grandes proporções devido ao material radioativo presente.

Ele pediu cautela máxima para ambos os lados e destacou o papel crítico dos inspetores da agência. “Além dos riscos radiológicos, ataques a instalações nucleares prejudicam nosso trabalho de monitoramento.”

Prevendo uma escalada do conflito, o governo britânico retirou todos os diplomatas do Irã, seguindo a ação de aliados como Suíça e Austrália, que fecharam suas embaixadas em Teerã.




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