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quarta-feira, 25/06/2025




Irã suspende cooperação com agência nuclear da ONU

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O Parlamento do Irã decidiu nesta quarta-feira, 25, interromper a colaboração com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), segundo noticiou a televisão estatal. A medida vem após uma série de ataques de 12 dias realizados por Israel e Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas.

Segundo o presidente do Parlamento iraniano, Mohammad Bagher Ghalibaf, a AIEA comprometeu sua reputação internacional ao não condenar os ataques contra as instalações do Irã. Ele afirmou que a Organização de Energia Atômica do país vai suspender as atividades conjuntas até que a segurança dessas instalações seja assegurada.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Esmail Baqai, indicou que a cooperação com a AIEA será, sem dúvida, impactada. Ele também criticou a agência da ONU por ter aprovado, em 12 de junho, uma resolução que acusa o Irã de não cumprir suas obrigações nucleares, o que serviu como justificação para os ataques dos Estados Unidos e de Israel.

Essa decisão ainda precisa passar pela aprovação do Conselho de Guardiões, órgão encarregado de revisar a legislação. Na votação do Parlamento, composto por 290 membros, 221 votaram a favor da suspensão, houveram abstenções e nenhum voto contra.

Desde 13 de junho, Israel lançou uma campanha aérea contra o Irã, acusando o país de tentar desenvolver armamento nuclear, o que é negado por Teerã, que sustenta seu direito a um programa nuclear civil. Na madrugada de domingo, os Estados Unidos participaram bombardeando as instalações em Fordo, Natanz e Isfahan, unindo-se ao conflito contra a República Islâmica.

Um cessar-fogo frágil foi anunciado pelo então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entrando em vigor na terça-feira após 12 dias de confronto. Após a votação, deputados iranianos entoaram slogans contra os Estados Unidos e Israel, conforme mostrado na televisão estatal.

Desde o início da tensão, as autoridades do Irã vêm criticando duramente a AIEA pela falta de condenação dos ataques israelenses.




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