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sábado, 28/06/2025




Irã promete recuperar indústria nuclear danificada por EUA e Israel

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O Irã está analisando os estragos em suas instalações nucleares, alvo de ataques recentes por parte de Israel e Estados Unidos, e já está adotando medidas para restabelecer sua operação, conforme declarou Mohammad Eslami, chefe da agência de Energia Atômica do país, em entrevista à mídia estatal nesta terça-feira (24).

“Nosso objetivo é evitar qualquer interrupção na produção e nos serviços”, declarou ele em um pronunciamento exibido na televisão estatal. “Os preparativos para a retomada das operações foram feitos antecipadamente, e nossa prioridade é manter a continuidade da produção e dos serviços.”

Na manhã de sábado (21), os EUA bombardearam as instalações de Fordow, Isfahan e Natanz, que são pontos essenciais para o programa nuclear iraniano, em um ataque considerado um “sucesso militar notável” pelo presidente americano Donald Trump. No dia seguinte (23), Israel afirmou ter realizado outro bombardeio sobre Fordow, localizada sob uma montanha ao sul de Teerã, com o intuito de bloquear as rotas de acesso à instalação.

Ainda não há informações precisas sobre a dimensão dos danos causados. Um conselheiro do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, relatou que o país ainda mantém reservas de urânio enriquecido, segundo dados da agência AFP.

O programa nuclear iraniano, declarado oficialmente como pacífico, teve início em 1974, antes do estabelecimento da república teocrática pela Revolução Iraniana. O regime vê o programa como um símbolo da importância estratégica do Irã em uma região marcada pela instabilidade.

Recentemente, a agência internacional de energia atômica, AIEA, informou que o Irã acelerou a produção de urânio enriquecido a 60% de pureza, aproximando-se dos 90% necessários para a fabricação de armamentos nucleares.

Essa aceleração provocou reação imediata de Israel, uma das nove potências nucleares globais, embora não reconheça oficialmente essa condição. O gabinete do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, emitiu comunicado clamando por intervenção internacional para conter o Irã.

Em 13 de junho, Israel realizou um ataque surpresa que atingiu instalações nucleares iranianas e eliminou altos comandantes militares, configurando a maior ameaça ao regime desde a guerra Irã-Iraque nos anos 1980.

Autoridades iranianas afirmam que mais de 600 pessoas foram mortas nos ataques aéreos, mas essa informação não pode ser confirmada de forma independente devido à forte censura estatal. Como retaliação, mísseis iranianos causaram 28 mortes em Israel, representando a primeira incursão significativa de mísseis iranianos contra as defesas israelenses.




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