O inverno inicia oficialmente às 23h42 desta sexta-feira (20/6) no hemisfério sul. Esta estação traz uma redução nas chuvas nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e parte do Norte e Nordeste do Brasil, enquanto registra aumento das precipitações no noroeste da Região Norte, leste do Nordeste e Sul.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o inverno se caracteriza pela menor exposição à radiação solar e pela presença de massas de ar frio vindas do sul do continente, causando queda nas temperaturas, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, bem como em Mato Grosso do Sul — com médias abaixo dos 22 °C. Nessas áreas, a formação de geadas também é comum.
Há previsão de nevoeiros e névoa úmida para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o que pode reduzir a visibilidade nas rodovias, áreas serranas e aeroportos, principalmente nas manhãs. Também são esperados episódios de friagem em estados como Mato Grosso, Rondônia, Acre e sul do Amazonas.
Conforme indica a Climatempo, o país atualmente não está sob influência do El Niño ou La Niña. A temperatura do oceano Pacífico equatorial, na costa do Peru, está dentro da média, caracterizando uma fase neutra.
Observa-se uma tendência de arrefecimento no segundo semestre, mas os efeitos desse fenômeno no Brasil devem ser mais perceptíveis a partir da primavera.
Chuva e temperatura
Apesar do inverno ser geralmente seco no Sudeste e Centro-Oeste, existem previsões de chuvas pontuais entre agosto e setembro em algumas áreas do interior dessas regiões. As precipitações serão causadas pela passagem de frentes frias continentais e por corredores de umidade. No leste do Nordeste, a chuva continuará frequente, porém com intensidade reduzida em comparação ao outono.
Quanto à temperatura, embora os últimos dois invernos tenham registrado dias muito frios, espera-se que neste ano a média térmica permaneça acima do normal em quase todo o território nacional.
As regiões Centro-Oeste e Tocantins deverão apresentar períodos de calor mais intenso entre agosto e setembro, ainda que sem repetir os eventos extremos do ano anterior.
A possibilidade de ocorrência de neve em 2025 é maior do que nos invernos de 2023 e 2024, com chances entre julho e agosto, principalmente nas áreas mais elevadas do Sul.
Queimadas
O começo do inverno também indica a intensificação do monitoramento das queimadas no Brasil, pois é a estação mais seca. Embora a previsão aponte para um inverno um pouco mais úmido, especialmente no final da estação, especialistas acreditam que o número de queimadas será menor em 2025.
Contudo, existe preocupação com a região do Matopiba — abrangendo partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia — onde espera-se que as chuvas retornem tardiamente na primavera, o que pode facilitar a propagação do fogo no final do inverno e início da próxima estação.
Avisos meteorológicos
O mapa de alertas do Inmet indica aviso de chuvas intensas em partes dos estados do Amazonas, Roraima, Amapá e Pará, na região Norte. Na região Nordeste, há avisos de acumulados de chuva para áreas de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas.
Existem também alertas de baixa umidade para o Distrito Federal, todo o estado de Goiás e partes de Minas Gerais, Mato Grosso, Tocantins, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
No Rio Grande do Sul, quase todo o estado está em alerta para chuvas fortes, assim como partes de Santa Catarina e Paraná continuam sob aviso de tempestades.