Índia e Canadá concordaram nesta terça-feira (17) em restabelecer o envio de seus embaixadores, encerrando um período difícil nas relações diplomáticas entre os dois países. Esse desentendimento ocorreu em meio a um caso de assassinato, envolvendo um convite ao líder indiano Narendra Modi para a cúpula do G7.
O primeiro-ministro canadense Mark Carney, que assumiu em março, recebeu Modi como convidado na reunião das sete maiores democracias industriais, realizada em Kananaskis, nas Montanhas Rochosas no Canadá.
O ex-primeiro-ministro Justin Trudeau acusou a Índia no ano anterior de estar ligada ao assassinato de um separatista sikh em 2023, ocorrido em território canadense, e expulsou o embaixador indiano. A Índia negou essas acusações e respondeu com a mesma medida.
Os líderes decidiram retornar os embaixadores para normalizar os serviços diplomáticos para cidadãos e empresas, informou o gabinete do primeiro-ministro canadense.
Essa disputa havia interrompido os serviços diplomáticos entre as duas nações, que tiveram um comércio bilateral de 9 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 50 bilhões) em 2023, além de manterem fortes laços culturais devido à grande comunidade indiana no Canadá.
No encontro com Carney, Modi afirmou que ambos os países estão comprometidos com valores democráticos e ressaltou a importância da relação bilateral em vários aspectos.
Durante esse período, manifestantes sikhs protestaram nas ruas de Calgary, cidade próxima à cúpula, contra o convite feito por Carney a Modi. O Canadá é o país com a maior população sikh fora da Índia, representando cerca de dois por cento da população total.