Texto foi enviado à Câmara dos Vereadores nesta terça. Prefeito não compareceu à agenda em que havia protesto.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), enviou à Câmara nesta terça-feira (8) um projeto de lei que prevê demissão para servidores municipais que praticarem abuso sexual.
O projeto foi assinado em evento na manhã desta terça, quando é comemorado o Dia Internacional da Mulher.
Segundo a secretária de Políticas para as Mulheres, Denise Motta Dau, o projeto é importante porque cria regras para a apuração de casos de assédio sexual. “Atualmente, a demissão é prevista em casos de assédio moral. Quando essa nova lei for aprovada, a demissão poderá ocorrer logo no primeiro caso de abuso”, diz.
Haddad não compareceu ao evento do Dia Internacional das Mulheres aberto à imprensa e que estava em sua agenda. Trata-se da abertura do semana Mulheres FABricam, realizado nos laboratórios de fabricação digital FabLab. A abertura da semana aconteceu na unidade da Galeria Olido, no Centro de São Paulo.
No local, um grupo de moradores de Paraisópolis esperava desde cedo para encontrar o prefeito. Eles afirmam que vivem há cerca de um ano em uma área de risco chamada Parque Sanfona e dizem que a administração quer realizar a reintegração de posse da área sem oferecer alternativas aos moradores.
Segundo a líder comunitária Juliana Oliveira, apenas 93 pessoas estão com previsão de receber auxílio-aluguel. Outras 400 não terão para onde ir ao deixar a área, afirma.
O secretário de Serviços, Simão Pedro, esteve no evento e disse que o prefeito tinha uma agenda apertada durante esta terça. O secretário representou Haddad e participou do ato inaugural da semana de eventos. Juntamente com o secretário de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy, pichou na parede a frase “Eu Amo SP”.
Ele disse que nesta semana as atividades das FabLab serão voltadas para as mulheres e realizadas principalmente por colaboradoras do sexo feminino. “Existe uma demanda na sociedade para as mulheres se inserir no mercado de novas tecnologias e da internet, ainda dominado pelos homens”, disse o secretário de serviços.