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quarta-feira, 25/06/2025




Grande parte do urânio iraniano pode ter sobrevivido a ataques, diz ONU

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O líder da agência nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU), Rafael Grossi, declarou nesta quarta-feira (25/6) que uma significativa quantidade do urânio altamente enriquecido do Irã pode ter resistido às ações militares de Israel e dos Estados Unidos.

Essa declaração foi feita no contexto da decisão do Parlamento iraniano de interromper a colaboração com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ocorrida um dia após entrar em vigor o cessar-fogo negociado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Donald Trump tem afirmado que eliminou o programa nuclear iraniano, mas enfrenta críticas de veículos de imprensa dos EUA que apresentam fontes militares dizendo que o Irã ainda mantém material capaz de ser usado na fabricação de armas nucleares.

Conflito entre Israel e Irã

Os confrontos começaram na madrugada de 13 de junho, quando as Forças de Defesa de Israel (FDI) realizaram ataques contra o centro do programa nuclear iraniano e contra comandantes militares em Teerã.

Em resposta, o governo iraniano realizou ataques retaliatórios poucas horas depois, elevando o risco de uma escalada do conflito na região.

Donald Trump envolveu os Estados Unidos no conflito, ordenando ataques em três instalações nucleares do Irã.

O governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu justifica os bombardeios como uma medida para impedir o avanço do programa nuclear iraniano, que considera uma ameaça direta à segurança de Israel.

Após 12 dias de hostilidades, os países aceitaram um cessar-fogo anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que teria começado na madrugada de terça-feira (24/6).

Rafael Grossi informou no início da semana que o Irã comunicou às agências que tomaria “medidas especiais” para proteger seus equipamentos nucleares no primeiro dia dos ataques israelenses.

“Embora não tenham explicado o que isso significava detalhadamente, entendemos que é provável que o material nuclear ainda esteja intacto”, disse Grossi em entrevista coletiva.

Ele também ressaltou a necessidade de retorno dos inspetores da AIEA às instalações nucleares iranianas.

Mais cedo, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baghaei, declarou que as instalações nucleares atingidas pelos ataques dos Estados Unidos no sábado (21/6) sofreram “danos severos”, mas não forneceu detalhes adicionais.

Suspensão da cooperação com a AIEA

Em um quadro de tensões crescentes com os Estados Unidos, o Comitê de Segurança Nacional do Parlamento iraniano aprovou na segunda-feira (23/6) um projeto de lei propondo a suspensão completa da cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), entidade responsável pela fiscalização nuclear da ONU.

De acordo com o porta-voz do comitê, Ebrahim Rezaei, a medida inclui o fim da instalação de câmeras de vigilância, da autorização para inspeções e da entrega de relatórios para a AIEA.

Na quarta-feira, o parlamento iraniano oficializou a decisão de interromper a colaboração com a instituição.




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